terça-feira, 16 de setembro de 2014

I

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos
e orai pelos que vos perseguem...”
– JESUS. (Mateus, 5:44.)
Temos, efetivamente, duas classes de adversários, aqueles que não concordam conosco e aqueles outros que suscitamos com a nossa própria cultura de intolerância.
Os primeiros são inevitáveis. Repontam da área de todas as existências, mormente quando a criatura se encaminha para diante nas trilhas de elevação.
Nem Jesus viveu ou vive sem eles.
Os segundos, porém, são aqueles cujo aparecimento podemos e devemos evitar. Para isso, enumeremos alguns dos prejuízos que angariaremos, na certa, criando aversões em nosso caminho:
focos de vibrações contundentes;
centros de oposição sistemática;
ameaças silenciosas;
portas fechadas ao concurso espontâneo;
opiniões quase sempre tendenciosas, a nosso respeito;
suspeitas injustificáveis;
propósitos de desforço;
antipatias gratuitas;
prevenções e sarcasmos;
aborrecimentos;
sombras de espírito.
Qualquer das parcelas relacionadas nesta lista de desvantagens bastaria para amargurar larga faixa de nossa vida, aniquilando-nos possibilidades preciosas ou reduzindo-nos eficiência, tranqüilidade, realização e alegria de viver.
Fácil inferir que apenas lesamos a nós mesmos, fazendo adversários, tanto quanto é muito importante saber tolerá-los e respeitá-los, sempre que surjam contra nós.
Compreendemos, assim, que quando Jesus nos recomendou amar os inimigos estava muito longe de induzir-nos à conivência com o mal, e sim nos entregava a fórmula ideal do equilíbrio com a paz da imunização.

Chico Xavier

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