domingo, 7 de setembro de 2014

Esforce-se para impedir que a ofensa se
converta em mágoa. Silencie o sucesso infeliz em
que se viu envolvido. Acautele-se, face aos
comentários que lhe tragam os maledicentes e os
levianos. Reflita maduramente, valorizando o ensejo
e retirando proveito da lição que o alcança
em forma de sofrimento. Se você é inocente,
exulte. Se é culpado tranqüilize-se diante
do pagamento. Não fique remoendo,
mentalmente o acontecido. Pense na hipótese
de o seu agressor estar enfermo. A posição da vítima
é sempre melhor. Enseje ao desafeto oportunidade
para a reparação e o retorno. Se tudo estiver,
aparentemente, contra você, fiscalizado
por uns, perseguido por outros,
mantenha inalterada sua confiança em Deus,
que tudo sabe. Desgraça verdadeira é perseguir,
inquietar, comprazer-se na dor alheia, envenenar-se
com o azedume e a cólera. Perdoando, você estará
sempre em paz, podendo auferir mais tarde as
vantagens de haver sido enganado,
perseguido ou ultrajado, com o espírito
livre de outros débitos, de que,
então se encontrará liberado.


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