Certo dia numa propriedade não muito longe da cidade encontrou uma pequena esmeralda. E, pelas características do TERRENO
Zé Maria, depois de muito pensar, decidiu tomar um empréstimo bancáriopara comprar a propriedade. E logo foi tomar as providências para levar adiante seu projeto.
Não encontrou nenhuma dificuldade em conseguir o empréstimo, já que era muito conhecido e de uma honestidade que causaria inveja a muitos políticos. Como não queria ficar devendo ao banco, por muito tempo, combinou um pequeno prazo, já que, com as pedras que iria conseguir pagaria com folga o empréstimo de valor elevado.
Dinheiro na mão, foi para casa. Só que no caminho encontrou alguns “amigos” que o viram sair do banco. Presumindo que deveria ter algum dinheiro, convidaram-no para participar de um jogo de baralho.E como, de vez em quando, ele ia ao bar em que as pessoas jogavam, acabou aceitando o convite.
Zé Maria, ganhava o jogo, mal se dando conta que estavam lhe preparando uma armadilha. E, assim, na última rodada da noite, desafiaram-no a apostar tudo o que tinha. Pobre coitado! Caiu como um patinho. Saiu de lá sem um vintém, perdera até o dinheiro do empréstimo.
Passados alguns dias, recebeu um aviso bancário dizendo que o seu empréstimo já havia vencido e que teria 24 horas para quitar o débito contraído junto ao Banco. Como não tinha como correr, foi ao Banco tentar negociar a sua dívida. Ao se aproximar do gerente, este lhe indicou acadeira para sentar-se, e disse-lhe: Zé Maria, seu empréstimo venceu, e nós queremos receber toda a dívida, passando o valor a ele. Olhou o tamanho da dívida e como não tinha dinheiro para pagar fez uma proposta ao gerente de pagar a dívida em suaves prestações, pois ainda lhe restava o emprego. E, embora seu salário fosse pouco, iria fazer o possível para quitar a dívida no menor tempo possível, até mesmo porque era novo, e tinha muito tempo de vida pela frente, para poder pagar a dívida.
Entretanto, esse Banco por recomendação expressa do proprietário, não dava a menor chance aos devedores. Era só o pagamento imediato. Caso contrário, o rigor da Lei, que previa o encarceramento até o pagamento da dívida. E assim, não deu outra. Nosso amigo Zé Maria foi trancafiado na cadeia pública do lugar. Agora sim, aqui na cadeia não há a menor possibilidade de eu poder pagar a dívida, devendo eu passar o resto da minha vida preso, pensou amargurado.
Vamos analisar a situação do Zé Maria. Não entendemos a atitude do proprietário do Banco, pois achamos que deveria ser mais importante para o mesmo receber o valor do débito. E, assim, o razoável era aceitar a proposta do cliente que queria pagar a dívida em parcelas, pelo que, após certo tempo, teria todo o dinheiro emprestado de volta.
A legislação era absurda, pois como uma pessoa que vivia do seu salário, e sendo presa, iria conseguir pagar a dívida? Iria, isto sim, continuar com o débito a vida toda. Será que receber a dívida não era o mais importante para este Banco?
Bom, agora vamos fazer umas modificações nessa história. Substituamos o Zé Maria por nós, o empréstimo, por nossa dívida perante o Criador; o jogo, as tentações da vida; os “amigos”, os que querem de toda a forma atrasar nossa evolução; a Lei, pela Lei Divina; a cadeia, pelo inferno, e, finalmente, o proprietário, por Deus. E, assim, o que já seria um absurdo perante um senso de justiça humano, por que o não seria, também, em relação à Justiça Divina?
Entretanto, como “Deus quer que todos nós sejamos salvos” (1 Tm 2, 4) ao invés de nos mandar para a prisão (inferno), onde nunca conseguiríamos quitar nossa dívida para com Ele, nos dá a oportunidade de pagá-la, à prestação, como? Simplesmente, dizendo-nos: “Importa-vos nascer outra vez” (Jo 3, 7), ou seja, dando-nos outras vidas para que isso aconteça.
Pense nisso!
Paulo da Silva Neto Sobrinho
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