sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Boa noite amigos!

Tenham uma noite de muita paz!



Eu só posso entrar na vida do outro
para fazer o bem, para acrescentar,
caso contrário eu sou perfeitamente dispensável.

* Pe. Fábio de Melo *
A evolução do ser humano acontece lenta e gradualmente. O processo evolutivo, dentro do enfoque psicológico transpessoal, ocorre em três estágios:
CONSCIÊNCIA DE SONO - Sem sonhos - Com sonhos
CONSCIÊNCIA DESPERTA
CONSCIÊNCIA CÓSMICA
Nas primeiras fases do seu desenvolvimento predomina aquilo que denominamos consciência de sono. O sono aqui é utilizado no sentido metafórico. Este estágio caracteriza-se por ser sub-dividido em duas fases: Sono sem sonhos e Sono com sonhos.

A CONSCIÊNCIA DE SONO SEM SONHOS é a fase na qual o Ser humano leva uma vida basicamente instintiva. Nesta fase ele é um Ser fisiológico que se alimenta, trabalha para subsistência, faz sexo e dorme. Apenas os fenômenos orgânicos fisiológicos estão em evidência, assim mesmo sem o conhecimento da consciência, tais como a respiração, digestão, reprodução, circulação sangüínea, sono,etc.
A Consciência funciona como se estivesse anestesiada, ela não tem ação lúcida sobre os acontecimentos em torno da própria existência. A evolução se dá lentamente pois falta a vontade ativa do indivíduo em evoluir da fase instintiva para o início da razão. Existe um grande número de indivíduo em nossa sociedade que ainda tem estas características bastante primitivas, mas como todo a população do planeta está evoluindo a tendência da maioria é estar na próxima fase.

A CONSCIÊNCIA DE SONO COM SONHOS é a fase em que o ser começa a se desenvolver para a inteligência e a razão e, na qual inicia a nutrir sentimentos passionais. O ser humano lentamente libera os clichês mentais e incorpora-os à realidade, ele já começa a ensaiar uma percepção do seu mundo íntimo, da forma como ocorre a sua vida.
Psicologicamente o Ser se caracteriza por um comportamento egóico infantil ou , no máximo, infanto-juvenil no qual o egocentrismo é o fator predominante. Nesta fase os sentimentos são nitidamente passionais, fato que arrebata o indivíduo em direção ao outro, despertando o desejo e a posse do outro.
É nesta fase que o indivíuo vai se apercebendo, lentamente, da razão de sua vida, começando a nutrir um certo tédio pela vida puramente fisiológica e buscando sonhar com uma vida diferente, que tenha um sentido. Porém como a vontade de mudar é ainda débil ele sonha com esta nova vida, mas facilmente volta a gir conforme a determinaçãodo egocentrismo infantil, continuando com uma vida fisiológica e passional. Isto tende a perdurar até que mais maduro, o tédio que esta vida causa se torna intenso e ele passa para a próxima fase.

A CONSCIÊNCIA DESPERTA é a fase em que a vida do Ser Humano passa a ter um sentido verdadeiro. O desenvolvimento da consciência atinge um nível no qual a determinação pessoal, aliada à vontade de mudar para adquirir valores transcendentes, conduz o Ser aos ideiais de enobrecimento, à descoberta da finalidade da sua existência, às aspirações do que lhe é essencial, ao auto-encontro, à realização total. Ocorre a identificação consigo mesmo em essência, com o Eu profundo, realizando a harmonia íntima com os ideais superiores, seu real objetivo psicológico existencial.
É a fase do amadurecimento das relações humanas, em que ele vai lentamente se libertando do egoísmo e do egocentrismo, tornando-se independente do outro, para, através do amor incondicional altruístico, possibilitar uma interdependência na qual a relação com o outro se torna harmônica, pois é fruto de uma relação de harmonia consigo mesmo.
Ao atingir este estágio o Ser Humano que ansiava por conquistar a felicidade através de atitudes exteriores, do ter e fazer coisas, a encoantra em si mesmo, pois esta é fruto do amadurecimento, dquele Ser que já sabe o que quer, possuindo ideais superiores, e com isso deixa de vegetar para viver a vida pujante que ele encontra dentro de si através da prática do amor.
Ainda são poucas as pessoas que buscam despertar para esta realidade, porque para isso são necessários muito esforço, vontade, determinação e coragem para se conquistar aquilo pelo qual se deseja, que é uma vida mais plena e feliz.
Mas é com muita alegria que percebemos muitas pessoas desejando realmente uma mudança para esta fase. Com certeza no próximo milênio(atual) participaremos desse despertar de toda a humanidade para este nível consciencial.

A CONSCIÊNCIA CÓSMICA é o estágio final a ser atingido por todo ser humano.
Após estagiar longamente pela fase anterior em milênios de evolução, nas várias vidas sucessivas ele lentamente vai superando os conflitos motivados pelo orgulho, egoísmo, egocentrimo, enfim se desidentificando e transmutando o ego, pelo esforço e determinação na aquisição do conhecimento e do amor até que atinja o estado de perfeita comunão, através da sua iluminação, com a GRANDE CONSCIÊNCIA CÓSMICA CRIADORA DA VIDA.
Nesta fase a huanidade terrena teve poucas pessoas que podemos afirmar com certeza estão neste estágio de consciência. Podemos citar alguns poucos nomes que se destacaram na história da humanidade por estar neste estado: Jesus Cristo; Buda, Chrisna, Lao-tzé, Confúcio, Sócrates.
Para concluir que no processo de evolução do Ser Humano é fundamental o desenvolvimento da vontade, pois a partir do estágio de sono com sonhos, ela desempenha um papel relevante na busca de uma consciência cada vez maior perante a vida, propiciando ao indivíduo com o seu aprimoramento constante uma maior cota de felicidade e plenitude.

Dr. Alírio de Cerqueira Filho

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pensem nisso e tenham uma linda noite!

Muitos dos problemas do dia a dia somos capazes de resolver, através de nossos recursos, usando da nossa inteligência, de contatos com amigos, familiares, aliados a otimismo e esforço.

Porém, há situações de extrema dificuldade que nós não podemos resolver. Aquele obstáculo que vem causando, há tempo, angústia e sofrimento, o qual pensamos não ter saída, por mais que tudo que possa ser ou já foi feito. Pode ser uma doença, uma dívida impagável, o casamento em dificuldade, desemprego etc.

Nessas horas de grande tribulação/aflição só existe uma saída: Deus. Ele nunca nos deixa sem resposta. Às vezes Deus trabalha em silêncio a nosso favor.

Deus pode agir de diversas maneiras. Pode operar de forma rápida atendendo a nossa oração, súplica ou então de maneira mais demorada.

Neste último caso, Deus nos deixa passar pelas intempéries do deserto (debaixo da sua proteção e sustento) para nos tornarmos mais forte. É na dificuldade que temos os maiores aprendizados e incríveis experiências com Ele.

Na verdade, Deus nunca nos abandona. Se estiver demorando um pouco o seu milagre acontecer, é porque Deus aguarda o momento certo. Espere mais, ore mais, busque mais.

A vitória com certeza vai chegar.

No auge do tormento, fazer uma besteira passa muitas das vezes pela cabeça. Não devemos entrar em desespero.

É no nosso limite, quando achamos que tudo está perdido, reconhecemos nossas fraquezas e colocamos nossa soberba de lado, nos prostrando humildemente debaixo da soberania de Deus, é que Ele proporciona o livramento e derrama de grandes bênçãos. Tudo o que era fardo passa a ser felicidade, alívio e paz. Basta crer e acreditar!

(John Cutrim)
Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos.
Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.
Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral.
Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.
Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.
Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.
Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.
Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.
Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.
*
Não te desalentes!
O mundo é impermanente.
O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.
As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.
*
Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção.
Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.
Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te.
Persevera, tranqüilo!
Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.
Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco.
Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.
*
Não lhe guardes rancor.
Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle.
Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.
Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.



Quando lhe pediram para resumir os ensinamentos de Buda em uma frase, Suzuki Roshi simplesmente disse: “Tudo muda.”

Todo mundo sabe disso, pelo menos intelectualmente, que toda a criação está em um estado de revolução sem fim. O filósofo grego Heráclito disse a famosa frase: “Nenhum mesmo homem pode percorrer o mesmo rio duas vezes, já que tanto o homem quanto o rio mudaram desde então.”

Impermanência é a própria natureza da vida.

Na verdade, a mudança é apenas outra palavra para vida-“viver” significa “mudar.” Mas poucas pessoas passam pela vida verdadeiramente consciente deste fato. Nós “entendemos” isso, mas esse entendimento (ou ”conhecimento”) falha em influir em nosso comportamento. Nós simplesmente ignoramos a forma como as coisas realmente são. Assim, o ponto desta discussão não é explicar a impermanência para você, mas para aponta-la; para acordá-lo para a verdade da mudança.

Alan Watts costumava comparar a vida à música. O ponto/propósito da música é música, ele diria. As pessoas gostam de ouvir música pelo ritmo, o fluxo da melodia. Ninguém escuta música para ouvi-la terminar. Se fosse assim, então, como Watts apontou, suas músicas favoritas seriam as que terminaram abruptamente com um único barulho de ruído. A vida é da mesma forma.

O ponto e propósito da vida é a própria vida, participar da melodia. Melodias são córregos; eles estão a fluir. Você não pode moldá-los ou prende-los. Quando você faz isso, não há fluxo. Isso é a morte.

A única maneira de participar da melodia é através da consciência desperta. Uma simples consciência desperta é fluida. Uma mente simples perde seu sentido de individuo/self/ego na música, ao passo que uma mente egocêntrica continua tentando fazer uma pausa na música. Nós forçamos muito a barra em ouvir o que queremos ouvir, em vez de mover-se com a música, viver. Estamos acostumados a nos recuar, como um espectador, um ouvinte tentando pegar o ritmo. Queremos possuir e segurar esse ritmo, essa batida, e se identificar com ele.

Não é o suficiente para nós apreciar a música. Nós temos que saber a letra. Assim, pausamos a música toda hora e voltamos, a fim de guarda-la na memória e te-la como ”nossa”.

O ego cria um sentido de identidade ou significado a partir de suas interações com “outro”.

Essas interações produzem um ”recibo”, que o ego tenta coletar e preservar. Ao invés de apreciar o show em primeira mão, o ego tira fotos e filma o show, para que ele possa falar sobre isso ecompartilhar as fotos mais tarde. O rio da vida está sempre fluindo, mas para o ego, cuja existência depende de congelar esse fluxo de mudanças, a flutuação é aterrorizante, e é por isso que chamamos isso de impermanência.

Do ponto de vista pessimista do ego, flutuação e mudanças representam uma ameaça à sua estabilidade, mas no estado sem referencial de simples consciencia desperta, o espaço que permite o fluxo ou a mudança é o útero de vitalidade. A vida, a adaptação emerge deste espaço. O ego procura ignorar este espaço enchendo-o de credenciais e solicitações de depoimentos e testemunhos.

O ego é um grande colecionador.

Ele mantém todos os recibos, comprovantes, e cada memória que lhe dê razão e existência. Em uma mente egocêntrica não há espaço, não há espaço para respirar. Mas no fundo o ego sabe que a coisa toda pode ruir a qualquer momento. Ele lembra-se do espaço, a lacuna silenciosa entre cada nota que permite que a música flua. Essa memória assombra o ego. Produz paranóia e insegurança.

Esta insegurança é o benfeitor que justifica a obsessão do ego com a coleta desses ”recibos”. Uma mente egocêntrica é co-dependente, e essa co-dependência faz de tudo para evitar o espaço, flutuação. O ego é dependente de relacionamento ou de entretenimento, o que exige a separação.

Assim, o ego tem que pensar em si mesmo como uma entidade distinta. Tem que separar-se da vida. Defender esta estratégia segregacionista é necessária para o ego. A separação é o fundamento sobre o qual o império do ego é construído. Como resultado, é cronicamente insatisfeito ou sem vida.

Além do descontentamento e da insatisfação crônica, considere por um momento os problemas que alguém tem se considera a si mesmo como uma ilha ou uma entidade sólida em um mundo fluido.

As coisas mudam. No entanto, o rio não é a única coisa que muda. Segundo Heráclito, o mesmo acontece com o homem. Mas o ego se vê como imutável. Quando estamos no rio da vida com os pés plantados, como se nós fossemos uma ilha, a vida começa a se sentir como uma parede enorme de água caindo em cima de nós.

Tomemos por exemplo, a transição entre ser solteiro e em um relacionamento. Quando você está solteiro você desenvolve um estilo de vida que isso não tem que levar em consideração outra pessoa. Você pode acordar de manhã beber o seu café, ler o jornal, tomar café da manhã, ir trabalhar, ir para a academia, sair com os amigos e assistir o que quiser na TV. Mas quando você traz uma outra pessoa na mistura,você não pode continuar a operar da mesma forma. A situação mudou, por isso, seu modo de operar anterior esta desatualizado.

Quando “eu” é uma entidade fixa ou um hábito de pensamento, essa transição é difícil. Se você se agarrar esta imagem desatualizada, o relacionamento vai começar a sentir-se claustrofóbico. Haverá um confronto após o outro. A intensidade vai continuar a aumentar ao longo do tempo, até que tudo, sua auto-imagem e o relacionamento(o homem e o rio)-acabam.

O que pensamos sobre nós mesmos é desafiado pela mudança. Muitas pessoas dizem: “Eu não deveria ter que desistir de quem eu sou, a fim de estar em um relacionamento.” Eu digo, se você não desistir de quem você é, então você não está em um relacionamento.

Na verdade, se você não tem que desistir de quem você é cada momento de cada dia, então você não está vivo. Estar vivo é estar em constante estado de revolução. Situações de mudança devem promover mudanças no nosso comportamento. Essa é a sanidade; permitir que novas informações para atualizar o meu ponto de vista. ”Meu ponto de vista”, (o homem, no exemplo de Heráclito), deve permanecer aberto ou fluido. “Tudo muda.”, Que é o ponto básico, de acordo com Shunryu Suzuki. Tudo. A economia, a política, o tempo, as relações, as nossas crenças, a nossa própria noção de identidade – estão em estado de flutuação. Quando estamos abertos a mudanças, a transição é relativamente suave. Nós estamos indo com o fluxo. Por outro lado, quando se tenta salvar todos os nossos ”recibos” , é ai que nos afogamos.

Não podemos nadar com as mãos cheias.

Uma mente aberta é uma mente sã. Uma mente aberta não é uma mente que dá a devida atenção a qualquer idéia, independentemente de quão ridícula ela possa soar.

Uma mente aberta é uma porta de vaivém. É uma mente que não resiste à mudança. Uma mente aberta permite que o pensamento seja um reflexo da mudança. Deste ponto de vista, o pensamento é sempre fresco, porque a vida está sempre mudando. Este é o pensamento original, imaginação. Com consciência desperta, o homem e o rio fluem um no outro.

Temos que aceitar o fato de que não podemos querer sugar a felicidade a força do mundo simplesmente pegando a vida pelo pescoço e forçando-a ser do jeito que queremos que seja. Temos que ver que a vida é mudança, mudança é a vida; que eles são um na mesma coisa.

Tentar organizar fenômenos impermanentes em categorias permanentes do pensamento é como tentar arrebanhar gatos. Além disso, não estamos de alguma forma fora dessa mudança, nós somos a Vida. Nós somos mudança. Confusão e descontentamento surgem a partir da crença equivocada de que somos um substantivo, um nome. O contentamento emerge quando paramos de nadar contra a corrente e se estabelece na realização do fato de que somos uma corrente no fluxo. E essa corrente não é diferente do fluxo. É o movimento do fluxo.

Nós não somos um substantivo ou nome co-dependente que está no banco observando o fluxo de vida, mas sim um verbo que emerge do fluxo da vida.



Texto traduzido do artigo de Benjamin Riggs ”Everything the Buddha Ever Taught in 2 Words.” no site Elephantjournal

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Numa pequena cidade do interior, vivia José Maria da Silva, mais conhecido como Zé Maria. Era um costume seu andar pelas redondezas, visto que apreciava as coisas do campo. Todo fim de tarde lá ia para as suas “voltinhas”.

Certo dia numa propriedade não muito longe da cidade encontrou uma pequena esmeralda. E, pelas características do TERRENO, era bem provável que estivesse diante de uma mina. Não disse a ninguém da sua descoberta, principalmente porque sabia que o dono daquela propriedade vinha, há bastante tempo, querendo vendê-la. Entretanto, não encontrava comprador, uma vez que a localização e a água não favoreciam qualquer tipo de negócio.

Zé Maria, depois de muito pensar, decidiu tomar um empréstimo bancáriopara comprar a propriedade. E logo foi tomar as providências para levar adiante seu projeto.

Não encontrou nenhuma dificuldade em conseguir o empréstimo, já que era muito conhecido e de uma honestidade que causaria inveja a muitos políticos. Como não queria ficar devendo ao banco, por muito tempo, combinou um pequeno prazo, já que, com as pedras que iria conseguir pagaria com folga o empréstimo de valor elevado.

Dinheiro na mão, foi para casa. Só que no caminho encontrou alguns “amigos” que o viram sair do banco. Presumindo que deveria ter algum dinheiro, convidaram-no para participar de um jogo de baralho.E como, de vez em quando, ele ia ao bar em que as pessoas jogavam, acabou aceitando o convite.

Zé Maria, ganhava o jogo, mal se dando conta que estavam lhe preparando uma armadilha. E, assim, na última rodada da noite, desafiaram-no a apostar tudo o que tinha. Pobre coitado! Caiu como um patinho. Saiu de lá sem um vintém, perdera até o dinheiro do empréstimo.

Passados alguns dias, recebeu um aviso bancário dizendo que o seu empréstimo já havia vencido e que teria 24 horas para quitar o débito contraído junto ao Banco. Como não tinha como correr, foi ao Banco tentar negociar a sua dívida. Ao se aproximar do gerente, este lhe indicou acadeira para sentar-se, e disse-lhe: Zé Maria, seu empréstimo venceu, e nós queremos receber toda a dívida, passando o valor a ele. Olhou o tamanho da dívida e como não tinha dinheiro para pagar fez uma proposta ao gerente de pagar a dívida em suaves prestações, pois ainda lhe restava o emprego. E, embora seu salário fosse pouco, iria fazer o possível para quitar a dívida no menor tempo possível, até mesmo porque era novo, e tinha muito tempo de vida pela frente, para poder pagar a dívida.

Entretanto, esse Banco por recomendação expressa do proprietário, não dava a menor chance aos devedores. Era só o pagamento imediato. Caso contrário, o rigor da Lei, que previa o encarceramento até o pagamento da dívida. E assim, não deu outra. Nosso amigo Zé Maria foi trancafiado na cadeia pública do lugar. Agora sim, aqui na cadeia não há a menor possibilidade de eu poder pagar a dívida, devendo eu passar o resto da minha vida preso, pensou amargurado.

Vamos analisar a situação do Zé Maria. Não entendemos a atitude do proprietário do Banco, pois achamos que deveria ser mais importante para o mesmo receber o valor do débito. E, assim, o razoável era aceitar a proposta do cliente que queria pagar a dívida em parcelas, pelo que, após certo tempo, teria todo o dinheiro emprestado de volta.

A legislação era absurda, pois como uma pessoa que vivia do seu salário, e sendo presa, iria conseguir pagar a dívida? Iria, isto sim, continuar com o débito a vida toda. Será que receber a dívida não era o mais importante para este Banco?

Bom, agora vamos fazer umas modificações nessa história. Substituamos o Zé Maria por nós, o empréstimo, por nossa dívida perante o Criador; o jogo, as tentações da vida; os “amigos”, os que querem de toda a forma atrasar nossa evolução; a Lei, pela Lei Divina; a cadeia, pelo inferno, e, finalmente, o proprietário, por Deus. E, assim, o que já seria um absurdo perante um senso de justiça humano, por que o não seria, também, em relação à Justiça Divina?

Entretanto, como “Deus quer que todos nós sejamos salvos” (1 Tm 2, 4) ao invés de nos mandar para a prisão (inferno), onde nunca conseguiríamos quitar nossa dívida para com Ele, nos dá a oportunidade de pagá-la, à prestação, como? Simplesmente, dizendo-nos: “Importa-vos nascer outra vez” (Jo 3, 7), ou seja, dando-nos outras vidas para que isso aconteça.

Pense nisso!

Paulo da Silva Neto Sobrinho

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Não reproves a dor que te reclama
Ao trabalho do amor que aperfeiçoa,
Não te esqueças da flor humilde e boa
Que desabrocha no montão de lama.

Chora, padece e crê... Espera e ama...
E ainda mesmo na sombra que atraiçoa,
Faze do bem a fúlgida coroa
Do serviço a que o mundo te conclama.

Não recues na jornada para a frente.
Fira-te embora a lágrima pungente,
Segue, montanha acima, calmo e forte!

Para quem busca do Céu, a luz não tarda,
Mas aquele que volta à retaguarda
Recebe a estagnação, a treva e a morte.
Chico Xavier
A fala é a expressão de nosso estado evolutivo.
A palavra saída da boca de um homem revela sua qualidade interior. A fala é a ligação muito delicada entre o homem e seu ambiente.
É muito importante para o indivíduo e para o seu ambiente que todas as pessoas cultivem a arte de falar harmoniosamente.
O indivíduo poderá mudar de atitude, de comportamento, de decisão, mas a palavra que saiu de sua boca jamais poderá ser recolhida. Se sentirmos que o ambiente será afetado negativamente se falarmos determinada coisa, é preferível não falar.
Muitas pessoas crêem que a sinceridade está em falar tudo que pensam.
Talvez isso seja falar sinceramente, mas também é falta de tato e resulta numa desarmonia que põe a perder a própria finalidade da fala.
A maior arte do falar repousa em pensar com clareza e expressar-se de forma harmoniosa, de modo a ser compreendido.
Sendo corretos em pensamento, as palavras que saem de nossa boca devem ser agradáveis, suaves e de boa qualidade.



Maharishi Yogi

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Em muitas circunstâncias, podemos considerar a depressão como natural período de transição. São tempos de mudança e crescimento, épocas de tristeza que antecedem novos horizontes de amadurecimento do ser em constante processo de evolução.
Os fenômenos naturais da vida sucedem, organizados, em ciclos determinados. Os períodos de troca dos antigos conceitos por outros tantos mais novos e melhores para o nosso momento atual fazem parte desse ciclo natural da consciência humana. Porque somos também natureza; possuímos as estações da alegria, do entusiasmo, da moderação e do desânimo, assim como as da primavera, do verão, do outono e do inverno.
Aprendendo com a natureza entre as observações das leis que regem os ecossistemas, é que deixaremos as atmosferas cinzentas da depressão passar para focarmo-nos nos dias de sol e de alegria, que voltarão a brilhar.
Por sermos parte desse grandioso espetáculo da natureza e possuirmos a capacidade de entendê-lo racionalmente, é que deveríamos ser os primeiros a considerar a sagrada naturalidade que há em nós, bem como a perceber, conscientemente, seu processo atuando em nossa intimidade.
A seguir, algumas conexões entre as leis ou regras de funcionamento dos ecossistemas, que nos ensinarão a regular nosso ritmo de vida para não voltarmos aos velhos padrões de pensamentos depressivos:
1 – Na diversidade de novos conhecimentos filosóficos, religiosos ou científicos e na análise de diversos modos de definir a realidade das coisas é que aumentaremos a capacidade de auto-regular-nos emocionalmente para restabelecermos um novo equilíbrio existencial.
2 – Na interdependência da vida social, mas nunca no isolamento, é que extrairemos as experiências de que necessitamos para sair do marasmo, pois é nas relações de permuta constante na vida coletiva que aprenderemos que tudo está relacionado com tudo. Devemos descobrir nossas similaridades com toda a obra da Criação. Ninguém será feliz sozinho, pois o homem é apenas uma parcela dessa grande sinfonia da evolução da vida na Terra.
3 – na reciclagem de todos os elementos que as experiências da vida nos oferecem, o reaproveitamento deverá ser feito indistintamente, tanto para os que chamamos bons quanto para os que consideramos maus. Alegria e tristeza são nossos companheiros de viagem, estão sempre nos ensinando algo na caminhada evolucional. Tudo tem seu próprio valor e lugar na existência; por isso, não devemos tentar afastar de forma irrefletida as nuvens negras que impedem, momentaneamente que a luz nos alcance. A vida na Terra ainda é um jogo de luzes e sombras. Tudo na vida tem um fim utilitário para crescermos integralmente.
A reflexão atenta a esses apontamentos permite-nos entender melhor nossos ciclos depressivos, recolhendo assim as abençoadas sementes de arte de viver.



Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed

domingo, 26 de outubro de 2014


Boa noite amigos! Tenham uma linda noite, uma madrugada de paz e um lindo amanhecer!

Eu fico grande cada vez que tenho a oportunidade de amar alguém de verdade. O amor nos torna grandes, o amor nos torna maiores, o amor nos torna mais interessantes e você identifica isso nos olhos. Quanto mais uma pessoas ama, maior é a grandeza que ela tem dentro do coração.
(Pe Fabio de Melo)



Por Carlos Fett

É muito comum escutarmos que tal pessoa tem o gênio forte, porque não leva "desaforo para casa". Ou então, que se nosso "orgulho" for ferido, devemos devolver o insulto com a mesma intensidade. Não agir desta forma é visto como uma covardia, uma fraqueza, falta de personalidade.
Tomou-se como "ponto de honra" a necessidade de retribuir-se o mal com o mal. O resultado é que a cada dia aumenta a violência em todos os setores.
Não percebemos, mas contribuímos diariamente para que isso se propague.
Se analisarmos nosso cotidiano, veremos que tanto em nossa casa, no trabalho e até no lazer nos melindramos por qualquer discordância de ponto de vista. Também não deixamos que a opinião que emitimos seja contrariada; que nossos desejos, às vezes absurdos e egoístas, sejam ignorados.
Ai daquele que se opuser às nossas vontades! Mesmo que seja só em pensamento, passamos a desejar que aquela pessoa passe por poucas e boas. Sentimos uma estranha satisfação quando alguém que não gostamos ou nos desentendemos sofre dificuldade. Só isso já demonstra o que realmente temos dentro de nós: egoísmo.
Há casos, então, em que a vingança se torna patente. É o que acontece quando tomamos conhecimento de crimes hediondos. O primeiro sentimento é de desejarmos que o indivíduo sofra na própria carne a dor que fez ou outros passarem. Então, passamos a ser cúmplices da violência, incentivando-a inconscientemente.
Com isso, no quê nos diferenciamos dos animais?
A vontade de ver a justiça sendo feita muitas vezes nos torna injustos. Isso porque a visão da realidade que nos cerca pode ser distorcida por uma série de fatos, que vão desde o desconhecimento dos motivos do que está ocorrendo até a manipulação de informações.
Desenconrajar a vingança não significa ser conivente com o mal. Pelo contrário, mostra a necessidade de combatermos a maldade com razão e não com o ódio e a emoção que cegam e destroem.
Jesus disse que deveríamos ser prudentes como a serpente e mansos como as pombas. Neste ensinamento superior, o Mestre mostra sua sabedoria, pois se formos prudentes agiremos com cautela, previdência, em todos os nossos atos; com a mansidão, teremos respeito e amor, fazendo aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.
Leis existem e devem ser cumpridas. Sejam as leis humanas, das quais todos temos conhecimento; sejam as divinas, contidas no Evangelho de Jesus. Desrespeitá-las trará consequências, na medida e intensidade do descumprimento.
Por este motivo, não devemos buscar a vingança com as próprias mãos, ou nos satisfazermos com a dor de outra pessoa, por pior que esta pareça ser. Nem mesmo concordar que os crimes hediondos sejam pagos com a morte. No nosso planeta há seres de diferentes escalas de desenvolvimento moral e intelectual. Isso faz com que presenciemos atos lastimáveis, e não compreendamos como pode haver indivíduos que se comprazem em fazer o mal pelo mal. A impunidade às vezes os preserva das leis humanas, e isso pode nos revoltar.
Cuidado! Não nos esqueçamos das Escrituras, onde é claro que a "Vingança a Deus pertence". Não que Deus, o Pai criador, vá se vingar. Mas Ele criou as leis espirituais, dentre as quais está a de "Causa e Efeito", na qual tudo o que fizermos ao próximo, de bom ou ruim, será retornado a nós mesmos. É nossa própria consciência que nos cobrará, na vida material ou na espiritual, a verdadeira vida de que sempre falou Jesus.
Portanto, não há malefício que não seja cobrado; não há injustiça que não seja reparada. Tudo está sob os olhos do Senhor, mesmo que escape dos olhos dos homens. Disto não podemos duvidar.
Não deixar o mal se proliferar deve ser uma constante na vida do cristão. Mas a cautela deve acompanhar essa sede de justiça, para que não passemos de vítimas a carrascos.
"Em verdade vos digo: amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem...Pois, se amardes somente os que vos amam, se saudardes somente vossos irmãos, que fazeis de mais? ", afirma Jesus, lembrando que também os malfeitores fazem isso. No quê estaríamos nos diferenciando? Teríamos algum mérito por só fazer o bem àquele que nos faz o bem? Jesus diz que não e a razão o acompanha.
Não há doce sabor na vingança, mas sim o amargor da perturbação e falta de paz, que nos acompanhará até à vida espiritual, levando a desequilíbrios e dores profundas.

sábado, 25 de outubro de 2014


Amigos tenham uma linda noite que possamos refletir sobre essa mensagem:

É momento de cicatrização...
A reconciliação daquilo que você quer,
com aquilo que você não pode.
Cicatrizar-se é a necessidade de toda hora...
Padre Fábio de Mello
Se de imediato dai-me resposta aos meus temores,agradeço-te senhor,se minha fé é ainda tão minuscula diante de tantas maravilhas,que jjá me tens mostrado,perdoa-me senhor e faz de mim um vaso forte como o tijolo que o oleiro prepara para que possa enobrecer nas paredes solidas e imensas que vão ser construídas e para que não haja falhas perante o construtor,o arquiteto do universo.
Se sou falha fortalece-me com tua misericórdia e sabedoria para que eu não tenha sempre que arrepender -me pelas coisas que não fiz ou que não foram bem feitas.Auxilia-me no dia a dia para que eu não seja negligente nem omisso com meu trabalho espiritual,e que eu vos possa dizer diariamente,Obrigado Pai querido pois eu tenho fé,tenho amor caridade e humanidade para não decepcionar a ti senhor,a mim mesmo,e aos que confiam em mim,através da tua palavra e dos teus ensinamentos,que eu seja sempre digno de representar perante meus semelhantes um pequeno discípulo das promessas de cristo,com dignidade,amor e sabedoria.
Com meu mais puro amor

Meimei/Marlene de Goes

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Aqueles dias, nos quais esteve Jesus cantando as glórias de Deus, pelas terras da Palestina, eram dias de grandes dificuldades morais. As aflições, dramas pessoais, dificuldades de relacionamento, de entendimento entre povos e culturas faziam-se constantes.
A incompreensão, o preconceito, a preocupação com a aparência
externa e com o aspeto social era a tônica, nos relacionamentos, principalmente nas classes mais abastadas.
Não muito diferente dos dias de hoje. Em termos morais e valores íntimos, ainda somos muito parecidos com aqueles que
encontraram Jesus, durante Seu périplo de amor.
Os dramas vivenciados há mais de dois mil anos, na intimidade
daquele povo, se assemelham muito aos desafios emocionais
que hoje enfrentamos.
Por isso, os conselhos de Jesus são ainda tão atuais.
Ele falava para um povo que vivia em um mundo sem recursos tecnológicos, utilizava de analogias e comparações que
pudessem ser compreendidas, pelas gentes simples.
Não obstante, Seus conceitos e orientações são ainda atuais.
Jesus não Se preocupava com as coisas do mundo.
Ensinava as coisas da alma.
Sem preocupar-Se com os valores temporais, era, por excelência,
o Sábio dos valores da alma, que os conhecia em profundidade.
Assim, Seus conceitos atravessaram os séculos chegando até nós
com atualidade arrebatadora.
Hoje, onde o estresse emocional e a ansiedade são doenças crônicas, Jesus nos aconselha a deixar a cada dia suas próprias preocupações e necessidades, sem nos afligirmos com o futuro desconhecido.
Ensina-nos a ter confiança e fé em Deus.
Serve-Se do exemplo das aves dos céus, que não semeiam, nem ceifam
e dos lírios do campo, que não tecem, nem fiam, mas têm uma beleza incomparável, para falar da Providência Divina.
Alerta-nos a não termos atitude inercial, esperando um salva i

onismo ilusório, dizendo-nos que é necessário buscar para achar
e bater para que as portas se abram.
Nestes dias onde, muitas vezes, nos colocamos como omissos e descomprometidos com nossa vida em sociedade, Jesus nos fala que somos o sal da Terra. E o sal deve atender à sua finalidade de preservação e de sabor.
Quando se mostra tão frequente o descrédito com o ser humano,
Jesus nos alerta que somos a luz do mundo e que devemos fazê-la
brilhar em nós, através das boas obras que somos capazes de executar.
Nestes dias onde o ter costuma sobrepujar o ser, onde a cobiça e o comprar são as grandes sensações, é Jesus que nos alerta para não nos preocuparmos com tesouros que a traça e a corrosão consomem.
E mais: que onde estiver nosso tesouro, aí estará nosso coração.
Os conceitos de Jesus talvez jamais tenham sido tão importantes como nos dias desafiadores que registra a Humanidade.
Nestes dias, onde os valores e as instituições são questionadas
e abalam-se, perante a sociedade e os homens,
Jesus prossegue como Modelo e Guia.
É Ele a referência indispensável para bem atravessarmos os mares encapelados da atualidade, para que Sua luz seja o farol que nos haverá de conduzir ao porto seguro que nos aguarda, após a tempestade.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

“Tudo passa e o Bem permanece”. Bezerra de Menezes


Pode parecer utopia falar em desapego em uma época em que uma das frases mais pronunciadas é “- E o que eu ganho com isso?”, e onde a troca de interesses impera nos relacionamentos sociais e profissionais, resultando numa sociedade calculista, egoísta e inescrupulosa. As conseqüências dessas atitudes são as desigualdades sociais, a corrupção como regra comum e o individualismo predominante.

O “Bhagavad Gita”1, a “sublime canção da Índia”, há 7.000 anos já tratava do necessário exercício do desapego, trazendo uma proposta de vida que merece reflexão. Expõe a obra que “a auto-realização consiste em trabalhar intensamente e renunciar a cada momento ao fruto do trabalho”. Convida-nos a agir no bem não mais dependendo dos frutos dessa ação, com desinteresse de lucro pessoal, desapegando dos desejos egoísticos.


Desapegar é preservar a alma livre das coisas exteriores, libertando-se das imperfeições e do ódio (e dos impulsos que o geram). O meio mais eficaz de combater o predomínio da natureza corpórea é praticar a abnegação e o desprendimento de si mesmo.4

Quando se propõe o desapego, não é abandonar o “mundo”, mas entender a existência terrena como transitória e impermanente; o que é imortal e verdadeiro é o Espírito. Desconhecendo ou abdicando dessa verdade muitos comprometem a saúde, a família, os amigos e a própria felicidade em busca das conquistas temporárias. Esquecer ou deixar para mais tarde a evolução espiritual, a aquisição das riquezas “que as traças não corroem” em troca dos prazeres e dos tesouros materiais, é marca inegável de apego e imperfeição.

A vida é feita de ciclos. É preciso saber quando uma etapa chega ao final e permitir que ela se encerre. O fim de UM EMPREGO, de um relacionamento, um filho que parte para longe, um amigo que desencarna... A felicidade consiste em se desapegar das coisas, pessoas, situações e sentimentos e permitir que uma nova etapa inicie, assegurando-nos de não ficarmos magoados e nem deixarmos mágoas nos outros. Isso não significa amar menos ou descuidar mas, ao contrário, enquanto o amor liberta e cuida, o apego aprisiona e sufoca.

Allan Kardec5 afirma: “o egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser o alvo de todos os esforços do homem, caso queira assegurar a sua felicidade tanto neste mundo quanto no futuro”.

Desapegar-se é deixar de ser egoísta, é estar cada vez mais próximo de si mesmo, de Deus e muito, mas muito mais próximo da felicidade.


Luis Roberto Scholl
1ROHDEN, Huberto. Bagavad Gita, 8 ed. Ed. Alvorada;
2, 3, 4 e 5KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Ed. Comemorativa do Sesquicentenário.
Rio de Janeiro: Federação Espírit

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Você pode imaginar o que é encontrar o caminho verdadeiro?

Encontrar o caminho verdadeiro é encontrar e seguir as pegadas de Jesus, o seu projetista, arquiteto e construtor.

Para seguir nessa estrada, minha gente, nada mais é preciso que abrir o coração, amar e sentir.

Nada mais é preciso que abrir o coração, deixar-se ser, abandonar-se naquele calor gostoso de ser você mesmo, de sentir-se, perceber-se como criatura de Deus, de se amar, amar e viver.

Que fonte!...

Bezerra de Menezes
Encha-se de ideais nobres!
Por que este esvaziamento dos ideais?
Se você estabeleceu conseguir - para toda uma reencarnação! - um diploma, uma casa, um carro..., pergunto-lhe: por que satisfazer-se com tão pouco!?;
Mesmo tivesse estabelecido conquistar muito dinheiro, melhor posiçãosocial..., será que somente isto vale o investimento de uma reencarnação inteira? Será que isto não continua sendo pouco?;
Quando soar a hora da desencarnação, que diferença fará você ser mais ou menos rico, poderoso, famoso, etc?;
Se alguma circunstância digna (o trabalho, por exemplo) lhe proporcionou fortuna, agradeça a Deus e aprenda a multiplicar os recursos em bênçãos para os seus irmãos de Humanidade! Não se enclausure na criminosa indiferença moral!;
Procure ir além do simples cumprimento dos deveres comuns. Atenda os compromissos materiais, todavia, encontre tempo para as causas comunitárias, o bem geral;
Sendo útil aos outros, você terá mais saúde emocional-espiritual e será mais feliz também!;
No serviço do bem, você encontrará terapia para as ansiedades oriundas das atividades materiais.
Experimente e comprove!...

Isaias Claro

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência.
O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo.
Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se.
Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.
O mestre perguntou: Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?
A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos.
Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.
A sua paz interior depende exclusivamente de você.
As pessoas não podem lhe tirar a calma.
Só se você permitir!!!
Vamos refletir se estamos deixando que tirem a nossa paz!
A.d
O Amor


O Amor

E alguém disse:
Fala-nos do Amor:

- Quando o amor vos fizer sinal, segui-o;
ainda que os seus caminhos sejam duros e difíceis.
E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos;
ainda que a espada escondida na sua plumagem
vos possa ferir.

E quando vos falar, acreditai nele;
apesar de a sua voz
poder quebrar os vossos sonhos
como o vento norte ao sacudir os jardins.

Porque assim como o vosso amor
vos engrandece, também deve crucificar-vos
E assim como se eleva à vossa altura
e acaricia os ramos mais frágeis
que tremem ao sol,
também penetrará até às raízes
sacudindo o seu apego à terra.

Como braçadas de trigo vos leva.
Malha-vos até ficardes nus.
Passa-vos pelo crivo
para vos livrar do joio.
Mói-vos até à brancura.
Amassa-vos até ficardes maleáveis.

Então entrega-vos ao seu fogo,
para poderdes ser
o pão sagrado no festim de Deus.

Tudo isto vos fará o amor,
para poderdes conhecer os segredos
do vosso coração,
e por este conhecimento vos tornardes
o coração da Vida.

Mas, se no vosso medo,
buscais apenas a paz do amor,
o prazer do amor,
então mais vale cobrir a nudez
e sair do campo do amor,
a caminho do mundo sem estações,
onde podereis rir,
mas nunca todos os vossos risos,
e chorar,
mas nunca todas as vossas lágrimas.

O amor só dá de si mesmo,
e só recebe de si mesmo.

O amor não possui
nem quer ser possuído.

Porque o amor basta ao amor.

E não penseis
que podeis guiar o curso do amor;
porque o amor, se vos escolher,
marcará ele o vosso curso.

O amor não tem outro desejo
senão consumar-se.

Mas se amarem e tiverem desejos,
deverão se estes:
Fundir-se e ser um regato corrente
a cantar a sua melodia à noite.

Conhecer a dor da excessiva ternura.
Ser ferido pela própria inteligência do amor,
e sangrar de bom grado e alegremente.

Acordar de manhã com o coração cheio
e agradecer outro dia de amor.

Descansar ao meio dia
e meditar no êxtase do amor.

Voltar a casa ao crepúsculo
e adormecer tendo no coração
uma prece pelo bem amado,
e na boca, um canto de louvor.



Khalil Gibran

E alguém disse:
Fala-nos do Amor:

- Quando o amor vos fizer sinal, segui-o;
ainda que os seus caminhos sejam duros e difíceis.
E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos;
ainda que a espada escondida na sua plumagem
vos possa ferir.

E quando vos falar, acreditai a sua voz
poder quebrar os vossos sonhos
como o vento norte ao sacudir os jardins.

Porque assim como o vosso amor
vos engrandece, também deve crucificar-vos
E assim como se eleva à vossa altura
e acaricia os ramos mais frágeis
que tremem ao sol,
também penetrará até às raízes
sacudindo o seu apego à terra.

Como braçadas de trigo vos leva.
Malha-vos até ficardes nus.
Passa-vos pelo crivo
para vos livrar do joio.
Mói-vos até à brancura.
Amassa-vos até ficardes maleáveis.

Então entrega-vos ao seu fogo,
para poderdes ser
o pão sagrado no festim de Deus.

Tudo isto vos fará o amor,
para poderdes conhecer os segredos
do vosso coração,
e por este conhecimento vos tornardes
o c

Mas, se no vosso medo,
buscais apenas a paz do amor,
o prazer do amor,
então mais vale cobrir a nudez
e sair do campo do amor,
a caminho do mundo sem estações,
onde podereis rir,
mas nunca todos os vossos risos,
e chorar,
mas nunca todas as vossas lágrimas.

O amor só dá de si mesmo,
e só recebe de si mesmo.

O amor não possui
nem quer ser possuído.

P

segunda-feira, 20 de outubro de 2014


https://www.youtube.com/watch?v=DZ31uxaiGyk
Jesus,
Mestre e Senhor!
Todos nós,
Os tutelados teus,
Vinculados ao mundo,
Estamos presos de algum modo
E quase sempre, a sós,
No caminho interior para a união com Deus,
Em sentido mais amplo e mais profundo ...
Quase todos estamos
Encadeados a problemas
Que nos compelem, dia-a-dia,
A trilhar, palmo a palmo, a vereda sombria
De inquietações extremas.

Somos presos, Senhor, à disciplina
Que nos faça entender a Bondade Divina,
Pela bênção da prova,
Algemados à dor que nos renova
O próprio coração;
Encarcerados comumente
Nas lutas que nos levam para a frente;
Conforme os teus programas
No ignorado amor com que nos amas.

Tantas vezes, Jesus, somos detidos
Em lembranças cruéis de tempos idos;
Segregados em mágoa e desalento
Nas celas de pesados desenganos;
Inibidos no impacto violento
Das aflições que surgem, de improviso,
Nos caminhos humanos;
Ou barrados, por fim,
Nas linhas curtas de aposento estreito,
Por favor da Justiça,
Na execução da lei de causa e efeito!...

É por isto, Senhor,
Que nós, os prisioneiros de mil normas,
Aos sublimes grilhões que vibram no trabalho
Com que, em silêncio, nos transformas,
Aqui estamos a rogar-te, em prece:
Faze-nos mais irmãos,
No cultivo do bem que ajuda e esquece
E auxilia-nos, Mestre, a compreender,
Mesmo quando a lição não nos agrade,

Que apenas uma chave em nossa vida
Guarda poder libertador,
A chave da humildade que nos deste
Conduzida na prática do amor!...
Chico Xavier




O ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado"Pais Brilhantes, Professores Fascinantes", o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.

O primeiro deles é corrigir o educando publicamente. Um educador jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ela seja, diante dos outros. Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.

O segundo é expressar autoridade com agressividade. Os educadores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades. Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.

O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança. Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam. Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.

O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações. A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações. Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias. Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo. Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito. Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.

Quinto: ser impaciente e desistir de educar. É preciso compreender que portrás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto. Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.

O sexto, é não cumprir com a palavra. As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida. Não o quebre. Não dissimule suas reações. Seja honesto com os educandos. Cumpra o que prometer. A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.

Sétimo: destruir a esperança e os sonhos. A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens. Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar. O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.

Você que é pai, professor ou responsável pela educação de alguém, considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.
Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.
Lembre-se que a educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e que essa ferramenta está nas suas mãos.
Do seu uso adequado depende o presente e dependerá o futuro. O jovem é o presente e a criança é a esperança do porvir.
Pense nisso e faça valer a pena o seu título de educador.
Eduque. Construa um mundo melhor. Plante no solo dos corações infanto-juvenis as flores da esperança.

Momento Espírita

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

"Nos dias de hoje, cada vez mais, acentua-se a necessidade de ser forte. Mas não há uma fórmula mágica que nos faça chegar à força sem que antes tenhamos provado a fraqueza."
Padre Fábio de Melo

Desejo a todos uma linda e abençoada noite! Deus nos fortalece nos momentos de fraqueza, ELE nos dá lições e diante das batalhas saimos fortalecidos! Lembrem-se disso!
A adolescente aguardou o final da aula e se dirigiu ao professor.
Confiava nele e, por isso, desejava lhe contar a tormenta que estava vivenciando. Estava prestes a sair de casa, embora não soubesse para onde ir. Mas, não agüentava mais a situação. Sua mãe se prostituíra e, todos os dias, homens diferentes adentravam o que deveria ser o seu lar.
É uma vergonha! - dizia Karen. Tenho vergonha de minha mãe.
Não nos falamos há muito.
O professor, experimentado nas questões do mundo, ouviu com atenção e sugeriu que ela conversasse com sua mãe. Alguma vez perguntara a ela o que estava acontecendo? Por que se permitia tal comportamento?
Mãe e filha eram como duas estranhas vivendo sob o mesmo teto.
Quando uma entrava, a outra saía.
O tempo passou. Aquele ano se findou e meses depois, a jovem procurou o professor, outra vez. Estava diferente. O rosto irradiava felicidade. Ela falara com sua mãe. Um longo e doloroso diálogo. Ela se dera conta que sua mãe sofria de uma grave carência afetiva. A mãe falara de sua viuvez muito jovem, uma filha para criar, a rebeldia de Karen, a soma das dificuldades e, por fim,
do equivocado caminho pelo qual optara.
Mais um tempo passado e Karen veio dizer ao professor que ela e sua mãe tinham transferido residência. Que se haviam tornado amigas. Que agora costumavam fazer tudo juntas. Que a mãe deixara a vida equivocada e se dedicava, com exclusividade, a ela. Saíam, conversavam, faziam compras, trocavam idéias. Como era boa aquela mãe - dizia a jovem.
Karen estava muito agradecida ao professor por ter sugerido que ela conversasse com sua mãe, que se aproximasse dela.
Hoje, passados alguns poucos anos, Karen está casada e tem um filhinho.
O genro encontrou na sogra uma pessoa especial, dedicada, carinhosa.
Agora, quando o casal deseja viajar, ou necessita estender-se em horas a mais no trabalho, é a mãe dedicada que fica com o netinho.
Vovó, mamãe! – essas são as palavras que alimentam o coração da mãe de Karen.
Em verdade, o anjo de Karen. O anjo de sua vida, que vela todos os dias por ela, pelo genro a quem acolheu como filho e ao netinho.

O diálogo franco, honesto ainda faz muita falta. No lar, as pessoas se isolam, magoadas umas com as outras, por palavras ditas ou não ditas, por atitudes impensadas. Tudo se tornaria bem mais fácil se as pessoas aprendessem a conversar, a perguntar porquês, a indagar de razões.
Se, em vez de se falar às ocultas, criar desconfianças, gerar desencontros, aprendêssemos sempre a conversar, olhando nos olhos uns dos outros,
a vida se tornaria mais fácil de ser vivida.
O que complica a vida é cada qual ficar em seu canto, imaginando que não é amado, querido, desejado, quando seria tão simples perguntar:
Por que você está agindo desta forma? Por que tomou aquela atitude?
Por que não fez o que lhe pedi? Por que esqueceu do nosso aniversário?
Pense nisso e adote, em sua vida, a atitude de nunca deixar para depois
o elucidar qualquer questão.
Converse mais, participe das questões familiares, seja amigo dos seus amores.
Descubra, enfim, a riqueza de cada um e enriqueça-se interiormente,
tornando a sua vida plena de amor, de atitudes de afeto e bem-querer.
Experimente!
Redação do Momento Espírita





O amor é o sentimento mais puro que podemos ter em nosso coração, porque somente
o amor é capaz de proporcionar em nós, as mudanças necessárias para sermos melhores.
Com o amor temos o perdão e através do perdão exercitamos a caridade
e através da caridade temos a oportunidade de nos doarmos ao nosso próximo.
O amor é capaz de desenvolver em nós as nossas virtudes
e desta forma nos dá a oportunidade de corrigirmos os nossos defeitos.
Somente o amor constrói em nós as nossas mudanças e ele é a chave da porta
que nos leva a felicidade que tanto buscamos.
O amor não é egoísta ele é altruísta e por isso todos nós podemos senti-lo
de forma intensa e revigorante em nossa vida.
O amor não é orgulhoso, porque quando se tem o amor sem ilusões ele nos
proporciona o perdão de nossas faltas.
O amor não é vaidoso, ele apenas quer que sejamos o que realmente somos.
O amor é luz, porque ilumina nossa vida, quando acharmos que não temos mais luz.
O amor é alegria, porque contagia nossa vida nos
proporcionando momentos inesquecíveis.
O amor é música, porque canta aos nossos corações.
O amor é saúde, porque senti-lo verdadeiramente nos dá
a força necessária para não adoecermos.
O amor é Divino e senti-lo nos aproxima do Criador.

Gotas de Paz

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma bolsa de plástico para a aula. Ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da bolsa.
Algumas das bolsas ficaram muito pesadas. A tarefa consistia em, durante uma semana, levar a todos os lados a bolsa com batatas. Naturalmente a condição das batatas foi se deteriorando com o tempo.
 
Ads by Plus-HD-3.4c×O incômodo de carregar a bolsa, a cada momento, mostrava-lhes o tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona, bem como o fato de que, ao colocar a atenção na bolsa, para não esquecê-la em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.
Esta é uma grande metáfora do preço que se paga, todos os dias, para manter a dor, a bronca e a negatividade. Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o stress e roubando nossa alegria. Perdoar e deixar estes sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.
"Jogue fora suas "batatas"


terça-feira, 14 de outubro de 2014

 Mãe Santíssima!...
Enquanto as mães do mundo são reverenciadas, deixa te recordemos
a pureza incomparável e o exemplo sublime...
Soberana, que recebestes na palha singela o Redentor da Humanidade,
sem te rebelares contra as mães felizes, que afagavam Espíritos criminosos
em palácios de ouro, ensina-nos a entesourar as bênçãos da humildade.
Lâmpada de ternura, que apagaste o próprio brilho para que a luz do Cristo fulgurasse entre os homens, ajuda-nos a buscar na construção do
bem para os outros o apoio de nossa própria felicidade.
Benfeitora, que te desvelastes, incenssantemente, pelo Mensageiro da Eterna Sabedoria, sofrendo-lhe as dores e compartilhando-lhe as dficuldades, sem qualquer pretensão de furtá-lo aos propósitos de Deus, auxilia-nos a extirpar
do sentimento as raízes do egoísmo e da crueldade com que tantas tentamos reter na incorformação e no desespero os corações que mais amamos.
Senhora, que viste na cruz da morte o filho Divino, acompanhando-lhe
a agonia a agonia com as lágrimas silenciosas de tua dor, sem qualquer expressão de revolta contra as criaturas da Terra, conduze-nos
para a fé que redime e para a renuncia que eleva.
Missionária, salva-nos do erro.
Anjo, estende sobre nós as níveas asas!...
Estrela, clareia-nos a estrada com teu lume...
Mãe querida agasalha-nos a existência em teu manto constelado de amor!...
E que todas nós, mulheres desencarnadas e encarnadas em serviço na Terra, possamos repetir, diante de Deus, cada dia, a tua oração de suprema fidelidade:
Senhor, eis aqui tua serva, cumpra-se em mim a tua palavra.
Anália Franco

Após a morte de Jesus, Simão Pedro foi para Jerusalém e, junto a corações amigos do Amigo que partira, fundou uma casa de assistência.O seu objetivo era atender aos órfãos, viúvas e doentes.
Chamou-a Casa do Caminho.
Se o objetivo era nobre e necessário, manter aquele atendimento era bastante difícil. Os necessitados chegavam todos os dias, batendo
àquela porta de misericórdia e poucos eram os recursos.
Por isso mesmo, todas as manhãs, o apóstolo Pedro saía a pedir, em nome do Cristo, batendo às portas de conhecidos e comerciantes. Pedia comida para os seus asilados, roupas, enfim, o que tivessem para lhe ceder.
Ao final da tarde, retornava com os braços carregados de donativos, cansado, extenuado. Na manhã seguinte, tudo se repetia.
Paulo de Tarso, que há pouco abraçara o Cristianismo, após a visão magnífica da Estrada de Damasco, visitando a obra assistencial,
verificou que muito se fazia ali pelo corpo físico das criaturas. Mas o Espírito não era alimentado. Pedro retornava tão cansado das
suas jornadas que não conseguia se deter para lhes falar de Jesus.
Onde estava a mensagem, perguntava Paulo, em nome da qual se erguera aquela Casa? Aqueles seres necessitavam do pão, das vestes, da cama limpa e de medicamentos. Muito mais que isso, precisavam de alimento
para as suas almas. E esse se chamava Boa Nova, o Evangelho de Jesus.
Assim, pensando em resolver a problemática da Casa do Caminho, propôs ao velho apóstolo Pedro que aqueles abrigados que tivessem condições poderiam aprender uma profissão e trabalhar para auxiliar no sustento.
Ele mesmo, Paulo, se propôs a ensinar a sua profissão. Ele era tecelão, sabendo manejar muito bem os fios de cabra, de camelo, a lã das ovelhas.
Animado com a idéia, outro companheiro de Paulo, Barnabé, que era oleiro, se dispôs a ensinar o seu ofício. Logo mais, a Casa do Caminho se auto-sustentava pelo trabalho dos que ali recebiam as suas bênçãos.
E Pedro pôde se voltar para a tarefa de levar conforto aos corações, espalhando os ensinos de Jesus a todos. Graças a essa medida, a Casa do Caminho sobreviveu por anos, atendendo os seus objetivos assistenciais.
Sobretudo, esclarecendo os Espíritos dos homens, que tinham dessa
forma a sua sede de justiça saciada, a sua fome de amor atendida.
Esclarecidos, os que dali partiam, curados das suas mazelas físicas, retornavam ao Mundo com novos valores nos seus corações,
mais aptos para as lutas de cada dia.
Para que a obra prosseguisse no tempo, Paulo procurou, em seguida, braços fortes. Eram pessoas que diziam seguir Jesus mas não saíam
de suas casas. Nada faziam para melhorar a situação do Mundo.
Ele as buscou e as convidou ao trabalho pelo bem do próximo.
Com tal atitude, Paulo de Tarso inaugurou na Terra, a Era da caridade.



A palavra caridade foi cunhada por Paulo de Tarso. Seu significado é amor em ação.
O Divino Mestre falou intensamente a respeito do amor.
Amor ao próximo, aos inimigos e entre Seus seguidores.
Paulo, tomando de todos esses ensinamentos,
os sintetizou em uma palavra: Caridade.
Redação do Momento Espírita