quarta-feira, 31 de dezembro de 2014



O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos… Mas a beleza da caminhada depende dos que vão conosco!



Assim, neste novo ano que se inicia possamos caminhar mais e mais juntos… Em busca de um mundo melhor, cheio de paz, saúde, compreensão e muito amor.



O ano se finda e tão logo o outro se inicia… E neste ciclo do “ir” e “vir” o tempo passa… E como passa! Os anos se esvaem… E nem sempre estamos atentos ao que realmente importa.



Deixe a vida fluir e perceba entre tantas exigências do cotidiano o que é indispensável para você!



Ponha de lado o passado e até mesmo o presente! E crie uma nova vida… Um novo dia… Um novo ano que ora se inicia! Crie um novo quadro para você! Crie, parte por parte… Em sua mente… Até que tenha um quadro perfeito para o futuro… Que está logo além do presente. E assim dê início a uma nova jornada! Q E aos novos progressos na vida! Você logo verá esta realidade, e assim encontrará a maior felicidade… E recompensa…



Que o Ano Novo renova nossas esperanças, e que a estrela crística resplandeça em nossas vidas e o fulgor dos nossos corações unidos intensifique a manifestação de um Ano Novo repleto de vitórias! E que o resplendor dessa chama seja como a tocha que ilumina nossos caminhos para a construção de um futuro, repleto de alegrias! E assim tenhamos um mundo melhor!



A todos vocês companheiros (as) que temos o mesmo ideal, amigos (as) que já fazem parte da minha vida, desejo que as experiências próximas de um Ano Novo lhes sejam construtivas, saudáveis e harmoniosas.



Muita paz em seu contínuo despertar.



Um feliz Ano Novo!


Este ano está se despedindo e deixando saudades. Temos certeza que se vocês observarem atentamente tudo que passou no decorrer deste ano, terão muito a agradecer.

Peguem todas as derrotas e transformem em pequenas batalhas que no confronto com a vida, vocês deixaram de vencer, mas que certamente, a guerra já está ganha, visto que chegaram até aqui e estão aptos a receber um novo ano com seus desafios e incógnitas, e viver muito cada segundo desta esplêndida jornada, que Deus está a lhes proporcionar com novas esperanças.

Somos vencedores, conseguimos superar mais um ano, enquanto tantos ficaram pelo caminho.

Feliz Ano Novo, sejam muito, mas muito felizes.

E vocês merecem muita Paz, Saúde, Amor, Prosperidade e tudo de bom que a vida possa lhes ofertar.

Na maioria das vezes, depende somente de nós alcançá-la, de acordo com nossas escolhas e dos caminhos que porventura decidimos percorrer".

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

boa noite!

Um recado de servidor a cada coração amigo, ante o Natal de Jesus.
Nunca te deixes vencer pelo desânimo.
Acenda a luz da fé no próprio íntimo e segue adiante, trabalhando e servindo.
Diante das dificuldades que te desafiem, recorda aquelas outras que te figuravam inarredáveis e que superaste, sem conhecer as forças que te sustentaram nos transe amargos.
Considerando as crises que provavelmente surjam à frente de teus passos, rememora os perigos que te ameaçaram e dos quais te descartaste, ignorando de que modo conseguiste preservar a própria vida.Tende fé e segue não há pedra que não seja removida.

Mas, bonitas são as coisas vindas
do interior de cada um, as palavras simples, sinceras e significativas.Bonito é chorar quando sentir vontade e deixar as lágrimas rolarem semvergonha ou medo de crítica.

Bonito é a gente continuar sendo
gente com G maiúsculo
em qualquer situação, principalmente
nos momentos de dificuldade.
Bonito é você ser você...
nesta bonita vida...!!!

A virada de ano é sempre um momento de alegria e esperança de que no ano que se inicia tudo será diferente. E aproveitamos esse ritual para encerrarmos o ano que terminou e enumerar uma série de metas para o que se inicia.
Embora estejamos determinados em manter os objetivos, a grande maioria deles vai se perdendo durante o ano, especialmente até o mês de abril.
Isso acontece porque algumas metas não são realistas, falta motivação, energia e empenho que deverão permanecer durante todo o ano.
Mesmo desejando mudanças, o medo do novo também assusta.
Como encontrar uma maneira de não deixá-los se perder no meio do caminho?
Pense bem antes de escolher suas metas:
Defina suas resoluções de Ano Novo e mantenha estas motivações e sentimentos em sua mente. Cada vez que você se sentir para baixo e estressado, lembre de suas metas e você vai se sentir leve e feliz, com algo inspirador para ir atrás.
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". Chico Xavier.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Os dias se sucedem tão rápidos que nem nos damos conta... e amanhã já é Natal outra vez..Foram tantas as lutas..Enfim tanyas dores, tantos momentos amargos.E amanha é Natal, Natal étempo de solidarieadde,tempo de perdãoE porque amanhã é Natal reunamosnos todos que lutamos juntos, na alegria e na dor e que apesar de tudo permaneceremos unidosE porque amanhã é Natal deixemos que Jesus nos abrace´porque amanha é natal.Amemos e abraçemos uns aos outros

domingo, 14 de dezembro de 2014

boa noite

"Luz para alumiar as nações." – Lucas, 2-32

Há claridade nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens...

Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte.

Reflexos radiosos surgem no lança-chamas.

Relâmpagos estranhos assinalam a movimentação das armas de fogo...

No Evangelho, porém, é diferente...

Comentando o Natal, assevera Lucas que o Cristo é a luz para alumiar as nações.

Não chegou impondo normas ou pensamento religioso.

Não interpelou governantes sobre processos políticos.

Não disputou com os filósofos quanto às origens dos homens.

Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida...

Fez luz no espírito eterno...

Embora tivesse o ministério endereçando aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais.

Trouxe claridade para todos, projetando-a de si mesmo.

Revelou a grandeza do serviço à coletividade, por intermédio da consagração pessoal ao Bem infinito...

Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.

Tens suficiente luz para a marcha?

Que espécie de claridade acendes no caminho?

Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em vôo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento.

Se procuras o Mestre Divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento...

Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?




AGRADECE...

Agradece as mãos que te constróem a existência, decorando-a com as tintas da alegria e da esperança, mas endereça os teus pensamentos de gratidão àquelas outras que te ferem com os espinhos da incompreensão, ensinando-te a conviver e a servir.
Agradece as vozes que te embalam os anseios, entretecendo hinos de paz e amor com que te inspiram as melhores realizações, no entanto, envia as tuas vibrações de reconhecimento àquelas outras que te exageram essa ou aquela falha, induzindo-te a compreender e a perdoar.
Agradece aos amigos que te proporcionam mesa farta, impulsionando-te a pensar na abastança da Terra, mas não recuses respeito àqueles que, em algum tempo, te sonegaram o pão, levando-te a prestigiar a fraternidade e a beneficência.
Agradece aos irmãos que te reconhecem a nobreza de sentimentos, louvando-te o trabalho, entretanto, não olvides o apreço que se deve àqueles outros que te menosprezam, auxiliando-te a descobrir os tesouros da humildade e da tolerância.
Certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o levasse para a superfície da Terra, a fim de ser mais útil. O Supremo Senhor ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele detido no subsolo para a devida maturação.
O minério humilde aceitou a resposta e permaneceu na clausura, por séculos e séculos, suportando a química da natureza com o assalto constante dos vermes que habitavam o chão.
Chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para atender-lhe aos ideais. Instrumentos de perfuração exumaram-no a golpes desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos, em minucioso burilamento.
Mas quando o carbono sublimado surgiu, de todo, aos olhos do mundo, Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar, entre os homens, parecendo uma flor do arco-íris com o fulgor das estrelas.


MEIMEI

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Boa noite


Prece de Natal

Conhecemos os Teus ensinamentos.
Auxilia-nos a cumpri-los.
Guardamos as tuas palavras.
Ampara-nos, a fim de que venhamos a traduzi-las em trabalho no serviço aos semelhantes.
Legaste-nos o amor uns aos outros, por legenda da própria felicidade. Guia-nos à prática dessa lição bendita, de maneira a que o nosso dia-a-dia se faça caminho de fraternidade e luz.
Senhor! Disseste-nos: " dou a vós outros a minha paz " e tens mantido a tua promessa, através de todos os séculos da vida cristã. Inspira-nos, por misericórdia, o respeito e a fidelidade aos Teus designios para que não venhamos a perder a paz que nos destes, com a intromissão de nossos caprichos, na paz que nos vem de Deus.

Assim Seja.
Natal é a luz de Deus que nos alcança,
Em casa, triste mãe exclama, reverente:
"Jesus, salva meu filho infeliz e doente,
Em Ti, Senhor, é a nossa última esperança!..."

De vizinha mansão, ouve-se voz pungente:
"Jesus, rogo socorro!... Sei que a morte avança..."
"Jesus, cura meu pai!..." - dizia uma criança,
Mostrando o coração terno e inocente.

Um Juiz, num salão, consulta um livro e pensa:
"Que faria Jesus, lavrando esta sentença?..."
Jesus!... -Um nome só, em milhões de louvores!...

Pastor, que Deus nos concedeu para milênios!...
Natal é a gratidão ao mais sábio dos gênios,
Que nos conduz à paz e afasta as nossas dores

Chico Xavier

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Bimbalham sinos, símbolos da festa,
Seja na vila soberba ou modesta,
Para anunciar a volta do Natal.
Por toda a Terra corações gritantes,
Pranto patético e ulos lancinantes,
Dos que não têm Jesus como fanal.

Rebrilham luzes piscando lanternas...
Vão desatando alegrias internas
Em louvor à riqueza possuída.
Entanto, há vales em sombra avultada
Com gente perdida na caminhada,
Sem ter Jesus como verdade e vida.

Aqui, farfalham papéis de presentes,
Ali, brinquedos quais jóias luzentes
A exalçar a magia dessa noite.
Há, contudo, muitas outras criaturas
Que se arrastam carentes, inseguras,
A suportar da indiferença o açoite.

Trocam-se mimos caros, maravilhas...
Jarros pomposos lembram velhas bilhas,
Taças brindam, são gestos de carinho.
Mas, no mundo, há quem chore ao abandono,
A sentir-se aturdido cão sem dono,
Sem buscar em Jesus o seu caminho.

Mesa farta, bem composta comida,
Tida como o maior prazer da vida,
A exercer saborosa sedução.
Entretanto, almas há que, em agonia,
Experimentam fome todo dia,
Sem saber que da vida é o Cristo o pão.

Cantam vozes nos templos ajaezados,
Onde círios e flores bem cuidados
Complementam a sentida homenagem.
Vale pensar que o Mestre vindo ao mundo
Envolve a todos no amor mais fecundo,
Sem perder os que se encontram à margem.

É Natal, cantamos com euforia!
Há mudanças em torno e alegria
A irmanar-nos em doce comunhão.
É Natal! Glória a Deus lá nas alturas!
Que nos movamos em prol das criaturas
Tendo vivo Jesus no coração.

Que aprendamos, na evocação bendita,
A pensar mais na humanidade aflita
Junto à qual tantas bênçãos recebemos.
Que o nosso Natal possa ser de altruísmo
Que nos ajude a vencer o egoísmo
Em que, por ora, na Terra vivemos.

Seja o amor nossa inspiração mais doce,
Como se junto a Jesus cada um fosse
Erguer a flama fraternal em hastes.
Se aprendermos a diminuir a agrura,
Cada Natal terá menos secura,
Diminuindo também tantos contrastes.

Seja, então, nosso Natal mais festivo,
Cada qual sendo o agente mais ativo
A laborar por Cristo, de verdade.
Que, assim, de olhos nas Alturas entoemos
Louvor Ao que dos Páramos Supremos
Deu-nos Jesus: nossa Felicidade!
Aproxima-se o Natal


Filhas e filhos da alma!

Abençoe-nos o Senhor com a sua paz.

Estes são dias de turbulência.

A sociedade terrestre, com a inteligência iluminada, traz o coração despedaçado pela angústia do ser existencial. Momento grave na historiografia do processo evolutivo, quando se operam as grandes mudanças para que se alcance a plenitude na Terra, anunciada pelos Espíritos nobres e prometida por Jesus. Nosso amado planeta, ainda envolto em sombras, permanece na sua categoria de inferioridade, porque nós, aqueles que a ele nos vinculamos, ainda somos inferiores, e à medida que se opera nossa transformação moral para melhor, sob a égide de Jesus, nosso modelo e guia, as sombras densas vão sendo desbastadas para que as alvíssaras de luz e de paz atinjam o clímax em período não muito distante.

Quando Jesus veio ter conosco, a humanidade experimentava a grande crise de sujeição ao Império Romano, às suas paixões totalitárias e aos interesses mesquinhos de governantes arbitrários. O Espiritismo, a seu turno, instalando-se no planeta, enfrenta clima equivalente em que o totalitarismo do poder arbitrário de políticas perversas esmaga as aspirações de enobrecimento das criaturas humanas e, por consequência, o ser, que se agita na busca da plenitude, aturde-se e, confundindo-se, não sabe como vivenciar as claridades libertadoras do Evangelho.

Com a conquista do conhecimento científico e o vazio existencial, surgem as distrações de vário porte para poder diminuir a ansiedade e o desespero. Naturalmente, essa manifestação de fuga da realidade interfere no comportamento geral dos seareiros da Verdade que, nada obstante, considerando serem servidores da última hora, permitem-se os desvios que lhes diminuem a carga aflitiva.

Tende, porém, bom ânimo, filhas e filhos do coração!

É um momento de siso, de decisões, para a paz no período do porvir.

Recordai-vos de que o Cristianismo nascente experimentou também inúmeras dificuldades. A palavra revolucionária do apóstolo Paulo, a ruptura com as tradições judaicas ainda vigentes na igreja de Jerusalém geraram a necessidade do grande encontro, que seria o primeiro debate entre os trabalhadores de Jesus que se espalhavam pelo mundo conhecido de então.

No momento grave, quando uma ruptura se desenhava a prejuízo do Bem, a humildade de Simão Pedro, ajoelhando-se diante da voz que clamava em toda parte a Verdade, pacificou os corações e o posteriormente denominado Concílio de Jerusalém se tornou um marco histórico da união dos discípulos do Evangelho.

Neste momento de desafio e de conflitos de todo porte, é natural que surjam divergências, opiniões variadas, procurando a melhor metodologia para o serviço da Luz. O direito de discordar, de discrepar, é inerente a toda consciência livre. Mas, que tenhamos cuidado para não dissentir, para não dividir, para não gerar fossos profundos ou abismos aparentemente intransponíveis.

Que o espírito de união, de fraternidade, leve-nos todos, desencarnados e encarnados, à pacificação, trabalhando essas anfractuosidades para que haja ordem em nome do progresso.

O amor é o instrumento hábil para todas as decisões. Desarmados os corações, formaremos o grupo dos seres amados do ideal da Era Nova.

Nunca olvideis que o mundo espiritual inferior vigia as nascentes do coração dos trabalhadores do Bem e, ante a impossibilidade de os levar a derrocadas morais, porque vigilantes na oração e no trabalho, pode infiltrar-se, gerando desequilíbrio e inarmonias a benefício das suas sutilezas perversas e a prejuízo da implantação da Era Nova sob o comando do Senhor.

Nunca olvidemos, em nossas preocupações, que a Barca terrestre tem um Nauta que a conduz com segurança ao porto da paz.

Prossegui, lidadores do Bem, com o devotamento que se vos exige de fazerdes o melhor que esteja ao vosso alcance, em perfeita identificação com os benfeitores da humanidade, especialmente no Brasil, sob a égide de Ismael, representando o Mestre inolvidável.

Venceremos lutando juntos, esquecendo caprichos pessoais, de imposições egotistas, pensando em todos aqueles que sofrem e que choram, que confiam em nossa fragilidade e aguardam o melhor exemplo da nossa renúncia em favor do Bem, do nosso devotamento em favor da caridade, da nossa entrega em novo holocausto.

Já não existem as fogueiras, nem os empalamentos. Os circos derrubaram as suas muralhas e agora expandem as suas fronteiras por toda a Terra, mas o holocausto ainda se faz necessário.

Sacrificai as próprias imperfeições, particularmente neste sesquicentenário de evocação da chegada do Evangelho à Terra, decodificado pelos Imortais.

Recordai também, almas queridas, que o Espiritismo é, sem qualquer contradita, o Cristianismo que não pôde ser consolidado e que esteve na sua mais bela floração nos trezentos primeiros anos, antes das adulterações nefastas, e que foi Jesus quem o denominou Consolador.

Este Consolador sobreviverá a todas as crises e quando, por alguma circunstância, não formos capazes de dignificá-lo, a irmã morte arrebatará aqueles que não correspondem à expectativa do Senhor da Vinha, substituindo-os por outros melhormente habilitados, mais instrumentalizados para os grandes enfrentamentos que já ocorrem na face do planeta.

Todos sabemos que a transformação moral de cada indivíduo é penosa, de longo curso, por efeito do atavismo ancestral, e que a Lei dispõe do recurso dos exílios coletivos para apressar a chegada da Era Nova.

Abençoados servidores! Abençoadas servidoras da Causa! Amai! Amai com abnegação e espírito de serviço a Doutrina de santificação, para que os vossos nomes sejam escritos no livro do reino dos Céus e possais fruir de alegrias, concluindo a etapa como o apóstolo das gentes, após haverdes lutado no bom combate.

Os mentores da brasilidade, neste momento grave por que também passa o nosso país, assim como o planeta, estão vigilantes.

Permiti-vos ser por eles inspirados e saí entoando o hino do otimismo e da esperança, diluindo a treva, não fixando o medo nem a sombra, que por momento domina muitas consciências. Não divulgando o mal, somente expondo o bem, para que a vitória não seja postergada.

E ide de volta, seareiros da luz! O mundo necessita de Jesus, hoje mais do que ontem, muito mais do que no passado, porque estamos a caminho da intuição, após a conquista da razão, para mantermos sintonia plena com aquele que é o nosso guia de todos os dias e de todas as horas.

Muita paz, filhas e filhos do coração!

São os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos obreiros da seara de todos os tempos, alguns dos quais aqui conosco nesta hora.

Muita paz!…
Divaldo Franco

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

"A Sabedoria da Vida situou o Natal de Jesus frente do Ano Novo, na memória da Humanidade, como que renovando as oportunidades do amor fraterno, diante dos nossos compromissos com o Tempo.

Projetam-se anualmente, sobre a Terra os mesmos raios excelsos da Estrela de Belém, clareando a estrada dos corações na esteira dos dias incessantes, convocando- nos a alma, em silêncio, à ascensão de todos os recursos para o bem supremo.

A recordação do Mestre desperta novas vibrações no sentimento da Cristandade.

Não mais o estábulo simples, nosso pr6prio espírito, em cujo íntimo o Senhor deseja fazer mais luz...

Santas alegrias nos procuram a alma, em todos os campos do idealismo evangélico

NATURAL o tom festivo das nossas manifestações de confiança renovada, entretanto, não podemos olvidar o trabalho renovador a que o Natal nos convida, cada ano, não obstante o pessimismo cristalizado de muitos companheiros, que desistiram temporariamente da comunhão fraternal.

E o ensejo de novas relações, acordando raciocínios enregelados com as notas harmoniosas do amor que o Mestre nos legou.

E a oportunidade de curar as nossas próprias fraquezas retificando atitudes menos felizes, ou de esquecer as faltas alheias para conosco, restabelecendo os elos da harmonia quebrada entre nós e os demais, em obediência à lição da desculpa espontânea, quantas vezes se fizerem necessárias.

È o passo definitivo para a descoberta de novas sementeiras de serviço edificante, atrav6s da VISITA aos irmãos mais sofredores do que n6s mesmos e da aproximação com aqueles que se mostram inclinados à cooperação no progresso, a fim de praticarmos, mais intensivamente, o princípio do "amemo-nos uns aos outros".

Conforme a nossa atitude espiritual ante o Natal, assim APARECE o Ano Novo à nossa vida.

O aniversário de JESUS precede o natalício do Tempo.

Com o Mestre, recebemos o Dia do Amor e da Concórdia.

Com o tempo, encontramos o Dia da Fraternidade UNIVERSAL.

O primeiro renova a alegria.

O segundo reforma a responsabilidade.

Comecemos oferecendo a Ele cinco minutos de pensamento e atividade e, a breve espaço, nosso espírito se achará convertido em altar VIVO de sua infinita boa vontade para com as criaturas, nas bases da Sabedoria e do Amor.

Não nos esqueçamos.

Se Jesus não nascer e crescer, na manjedoura de nossa alma, em vão os Anos Novos se abrirão iluminados para nós".


Suporta

"Nos momentos de crise
Não te abatas. Escuta.

Por nada te revoltes,
Nem te amedrontes. Ora.

Suporta a provação.
Não reclames. Aceita.

Não grites com ninguém.
Nem firas. Abençoa.

Lance de sofrimento
É o ensejo da fé.

Silencia. Deus sabe
O instante de intervir"

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Diante do, abraças, feliz, os entes amados que chegaram de longe...

passa, de leve, por moldura de harmonia às telas da natureza... Entretanto, quando penetrarem o templo da oração, reverenciando o Mestre que dizes amar, mentaliza o estálo pobre.

Ignoramos de que estrela chegando o Sublime Renovador, mas todos sabemos em que ponto da Terra começou ele o apostolado divino.
orda as mãos fatigadas dos tratadores de animais, os dedos calosos dos homens do campo, o carinho das mulheres simples que lhes ofertaram as primeiras gotas do próprio leite e o sorriso ingênuo dos meninos descalços que lhe recebera, do olhar a primeira nota de esperança.

Lembra-te do Senhor, renunciando aos caminhos constelados de luz para acolher-se, junto dos corações humildes que o esperavam, dentro da noite, e desce também da própria alegria, para ajudar no vale dos que padecem...

Contemplará, de alma surpresa, a fila dos que se arrastam, de olhos enceguecidos pela garoa das lágrimas. Ladeando velhinhos que tossem ao desabrigo, há doentes e mutilados que suspiram pelo lençol de refúgio na terra seca. Surgem mães infelizes que te mostram filhinhos nus e crianças desajustadas para quem o pão farto nunca chegou. Trabalhadores cansados falam de abandono e jovens subnutridos se referem ao consolo da morte...

Divide, porém, com eles o tesouro de teu conforto e de tua fé e, nos recintos de palha e sombra a que te acolhes, encontrarás o Cristo no coração, transfigurando-te a VIDA, ao mesmo tempo em que, nos escaninhos da própria mente, escutarás, de novo, o cântico do Natal, como que repetido na pauta dos astros:

- Glória a Deus nas alturas e boa vontade para com os homens!...

PeloC Meimei

XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.
Chico Xavier

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014




Sob o olhar caridoso de Deus, os homens duvidam do Criador,
das suas soberanas leis, da sua justiça, do seu infinito amor...
Sob o olhar magnânimo de Deus a humanidade avança,
ora tropeçando aqui, ora ali, levantando sempre e caminhando
sem cessar, rumo à liberdade definitiva...
Sob o olhar terno de Deus, os homens vencem a ignorância,
desenvolvem a justiça e aprendem a amar sem condições...
A lei NATURAL ou lei divina está inscrita na consciência de cada um de nós
e é a única que indica o caminho verdadeiro para a felicidade plena.
Indica o que devemos fazer ou deixar de fazer, e só somos infelizes
quando delas nos afastamos.
Todos fomos criados para a perfeição, mas para atingi-la,
três coisas são necessárias: a justiça, o amor e a ciência.
Três coisas lhe são opostas e contrárias:
a ignorância, o ódio e a injustiça.
Portanto, vale a pena envidar esforços para desenvolver no íntimo
esse sol interior chamado amor, adquirir sabedoria e cultivar a justiça,
para que nosso amanhã seja pleno de venturas.
Pensemos nisso e sigamos em frente, sempre sob o olhar de Deus...

Redação do Momento Espírita
Rememorando o Natal, lembramo-nos de que JESUS é o Suprimento Divino à Necessidade Humana.

Para o Sofrimento, é o Consolo;

Para a Aflição, é a Esperança;

Para a Tristeza, é o Bom Ânimo;

Para o Desespero, é a Fé Viva;

Para o Desequilíbrio, é o Reajuste;

Para o Orgulho, é a Humildade;

Para a Violência, é a Tolerância;

Para a Vaidade, é a Singeleza;

Para a Ofensa, é a Compreensão;

Para a discórdia, é a Paz;

Para o egoísmo, é a Renúncia;

Para a ambição, é o Sacrifício;

Para a Ignorância, é o Esclarecimento;

Para a Inconformação, é a Serenidade;

Para a Dor, é a Paciência;

Para a Angústia, é o Bálsamo;

Para a Ilusão, é a Verdade;

Para a Morte, é a Ressurreição.

Se nos propomos, assim, aceitar o Cristo por Mestre e Senhor de nossos caminhos, é imprescindível recordar que o seu Apostolado não veio para os sãos e, sim, para os antigos doentes da Terra, entre os quais nos alistamos...

Buscando, pois, acompanhá-lo e servi-lo, façamos de nosso coração uma luz que possa inflamar-se ao toque de seu infinito amor, cada dia, a fim de que nossa tarefa ilumine com Ele a milenária estrada de nossas experiências, expulsando as sombras de nossos velhos enganos e despertando-nos o espírito para a glória imperecível da VIDA Eterna.

Chico Xavier

domingo, 7 de dezembro de 2014

boa noite amigos

Jesus foi na Terra
a mais perfeita encarnação do Amor Divino.
E ainda hoje,
nos dias amargurados que transcorrem,
é para a Humanidade
a promessa de Paz,
o manto protetor
que abriga os aflitos e os infelizes,
o pão que sacia os esfomeados das verdades eternas,
a fonte que desaltera todos os sofredores.

Apegai-vos a Ele, cheio de confiança!
Ele é misericórdia personificada,
o Jardineiro Bendito
que jorra, no coração
dos transviados do caminho do bem,
as sementes do arrependimento
que hão de florir na Regeneração
e frutificar na perfeita felicidade espiritual.

Ouvi a sua voz
no silêncio da consciência que vos fala
do cumprimento austero
de todos os deveres cristãos,
e um dia
descansareis reunidos,
ligados pelos liames inquebrantáveis
da fraternidade além da morte,
à sombra da árvore luminosa
das boas ações que praticastes,
longe das lágrimas
do orbe obscuro,
Dos prantos e das provações remissoras!...
Surge o dia esplendente de luz!

O Sol dardeja setas de ouro sobre o mundo. Verdeja o prado, colore-se o jardim, esvoaçam borboletas, o céu imenso se azula enquanto o espelho d'água o reflete.

Sopra o vento mensageiro agitando a manhã.

A brisa, minuída ventania, carreia perfumes que tudo embalsama, delicadamente.

Viaja o pólen no rumo da fecundação. De galhadas desatam-se folhas secas que balançam no espaço e farfalham ao cair na relva, produzindo sons como carícias para todos os ouvidos.

Ao longe, bale a ovelha, canta o galo, relincha o jumento e chora o pequerrucho. E tudo soa qual música na pauta vibrante da natureza.

Há musicalidade nos ágeis movimentos da criança e no falar compassado do ancião. Há música no riso insolente da juventude quanto há música na lágrima que aljofra dos olhos de quem sofre e de quem festeja, de quem celebra a vida e de quem lamenta a morte...

Em tudo há um sopro inconteste de vida abundante. Em toda parte há um anúncio de saúde plena, após período de difícil enfermidade.

Aves que abrem leque em plena revoada entre cores ridentes.

E é o mundo que em festa se agita.

Há convites de amor e há ternura ao longo das estradas.

Sinos, dentro do coração, soam desde a remota madrugada e evocam figuras de anjos, de pastores, de manjedoura e de uma rútila estrela.

E como não saudar essas evocações?

E por que não cantar os cantos pela paz?

E por que não mirar tantos astros de luz esbatidos no veludo azul da noite alta?

E por que não distender o riso, o abraço, a lágrima e a esperança?

Quando tudo em derredor se achar em festa, no templo, no palácio, na choupana modesta, elevemos aos Céus o próprio coração.

Em tudo e em toda parte há louvores ao Senhor.

Eis o dia cintilante de bênçãos e beleza.

Em verdade, é Jesus que, sublime, irradia!

Eis que surge o esplendente dia.

É Natal!

sábado, 6 de dezembro de 2014

Senhor Jesus.

Há quase dois milênios, estabelecias o Natal com tua doce humildade na manjedoura, onde te festejaram todas as harmonias da Natureza. Reis e pastores vieram de longe, trazendo-te ao berço pobre o testemunho de sua alegria e de seu reconhecimento. As estrelas brilharam com luz mais intensa nos fulgores do céu e uma delas se destacou no azul do firmamento, para iluminar o suave momento de tua glória.

Desde então, Senhor, o mundo inteiro, pelos séculos afora, cultivou a lembrança da tua grande noite, extraordinária de luz e de belezas diversas.

Agora, porém, as recordações do Natal são muito diferentes.

Não se ouvem mais os cânticos dos pastores, nem se percebem os aromas agrestes da Natureza.

Um presépio do século XX seria certamente arranjado com eletricidade, sobre uma base de bombas e de metralhadoras, onde aquela legenda suave do Gloria seria substituída por um apelo revolucionário dos extremismos políticos da atualidade.

As comemorações já não são as mesmas.

Os locutores de rádio falarão da tua humildade, do cume dos arranha-céus, e, depois de um programa armamentista, estranharão, para os seus ouvintes, que a tua voz pudesse abençoar os pacíficos, prometendo- lhes um lugar de bem-aventurados, embora haja isso ocorrido há dois mil anos.

Numerosos escritores falarão, em suas crônicas elegantes, sobre ascrianças abandonadas, estampando nos diários um conto triste, onde se exalte a célebre virtude cristã da caridade; mas, daí a momentos, fecharão a porta dos seus palacetes ao primeiro pobrezinho.

Contudo, Senhor, entre os superficialismos desta época de profundas transições, almas existem que te esperam e te amam. Tua palavra sincera e branda, doce e enérgica, magnetiza-lhes os corações, na caprichosa e interminável esteira do tempo. Elas andam ocultas nas planícies da indiferença e nas montanhas de iniquidade deste mundo. Conservam, porém, consigo a mesma esperança na tua inesgotável misericórdia.

É com elas e por elas que, sob as tuas vistas amoráveis, trabalham os que já partiram para o mundo das suaves revelações da morte. É com a fé admirável de seus corações que semeamos, de novo, as tuas promessas imortais, entre os escombros de uma civilização que está agonizando, à míngua de amor.

É por essa razão que, sem nos esquecermos dos pequeninos que agrupavas em derredor da tua bondade, nos recordamos hoje, em nossa oração, das crianças grandes, que são os povos deste século de pomposas ruínas.

Tu, que és o Príncipe de todas as nações e a base sagrada de todos os surtos evolutivos da vida planetária; que és a Misericórdia infinita, rasgando todas as fronteiras edificadas no mundo pelas misérias humanas, reúne a tua família espiritual, sob as algemas da fraternidade e do bem que nos ensinaste!...

Em todos os recantos do orbe, há bocas que maldizem e mãos que exterminam os seus semelhantes. Os Espíritos das trevas fazem chover o fogo de suas forças apocalípticas sobre as organizações terrestres, ateando o sinistro incêndio das ambições na alma de multidões alucinadas e desvalidas. Por toda parte, assomam os falsos ídolos da impenitência do mundo, e místicas políticas, saturadas do vírus das mais nefastas paixões, entornam sobre os espíritos o vinho ignominioso da morte.

Mas nós sabemos, Senhor, como são falazes e enganadoras as doutrinas que se afastam da seiva sagrada e eterna dos teus ensinos, porque dissipas misericordiosamente a confusão de todas as almas, ainda que os seus arrebatamentos se apóiem nas paixões mais generosas.

Tu, que andavas descalço pelos caminhos agrestes da Galileia, faze florescer, de novo, sobre a Terra, o encanto suave da simplicidade no trabalho, trazendo ao mundo a luz cariciosa de tua oficina de Nazaré!...

Tu, que és a essência de nossos pensamentos de verdade e de luz, sabes que todas as dores são irmãs umas das outras. Assim, as esperanças desabrochem nos corações dos teus frágeis tutelados, para vibrar nos mesmos ideais, aquém ou além das linhas arbitrárias que os homens intitularam de fronteiras!

Todas as expressões da Filosofia e da Ciência dos séculos terrenos passaram sobre o mundo, enchendo as almas de amargosas desilusões. Numerosos políticos te ridiculizaram, desdenhando as tuas lições inesquecíveis; mas nós sabemos que existe uma verdade que dissimulaste aos inteligentes para a revelares às criancinhas, encontrada, aliás, por todos os homens, filhos de todas as raças, sem distinção de crenças ou de pátrias, de tradições ou de família, que pratiquem a caridade em teu nome...

Pastor do rebanho de ovelhas tresmalhadas, desde o primeiro dia em que o sopro divino da vontade do nosso Pai fez brotar a erva tenra, no imenso campo da existência terrestre, pairas acima do movimento vertiginoso dos séculos, acima de todos os povos e de suas transmigrações incessantes no curso do tempo, ensinando as criaturas humanas a considerar o nada de suas inquietações, em face do dia glorioso e infinito da eternidade!...

Agora, Senhor, que as línguas da impiedade conclamam as nações para um novo extermínio, manifesta a tua bondade, ainda uma vez, aos homens infelizes, para que compreendam, a tempo, a extensão do seu ódio e de sua perversidade.

Afasta o dragão da guerra de sobre o coração dilacerado das mães e das crianças de todos os países, curando as chagas dos que sangram de dor selvagem à beira dos caminhos.

Revela aos homens que não há outra força além da tua e que nenhuma proteção pode existir, além daquela que se constitui da segurança de tua guarda!

Ensina aos sacerdotes de todas as crenças do globo, que falam em teu nome, o desprendimento e a renúncia dos bens efêmeros da vida material, a fim de que entendam as virtudes do teu Reino, que ainda não reside nas suntuosas organizações dos Estados deste mundo!

Tu, que ressuscitaste Lázaro das sombras do sepulcro, revigora o homem moderno, do túmulo das vaidades apodrecidas!

Tu, que fizeste que os cegos vissem, que os mudos falassem, abre de novo os olhos rebelde
de tuas ovelhas ingratas e desenrola as línguas da verdade e do direito, que o medo paralisou, nesta hora turva de penosos testemunhos!

Senhor, desencarnados e encarnados, trabalhamos no esforço abençoado de nossa própria regeneração, para o teu serviço divino! Nestas lembranças do Natal, recordamos a tua figura simples e suave, quando ias pelas aldeias que bordavam o espelho claro das águas do Tiberíades!… Queremos o teu amparo, Senhor, porque agora o lago de Genesaré é a corrente represada de nossas próprias lágrimas.

Pensamos ainda ver-te, quando vinhas de Cesaréia de Felipe para abençoar o sorriso doce das criancinhas… De teus olhos misericordiosos e compassivos, corria uma fonte perene de esperanças divinas para todos os corações; de tua túnica humilde e clara, vinha o símbolo da paz para todos os homens do porvir e, de tuas palavras sacrossantas, vinha a luz do céu, que confunde todas as mentiras da Terra!…


Senhor, estamos reunidos em teu Natal e suplicamos a tua bênção!… Somos as tuas crianças,dentro da nossa ignorância e da nossa indigência!… Apieda-te de nós e dize-nos ainda:


- “Meus filhinhos..”

Chico Xavier
Certa vez, um homem pediu a Deus uma flor e uma borboleta.
Mas Deus lhe deu um cacto e uma lagarta.
O homem ficou triste, pois não entendeu por que o seu pedido veio errado.
Daí pensou:
Também, com tanta gente para atender...
E resolveu não questionar.
Passado algum tempo, o homem foi verificar o pedido que deixou esquecido.
Para sua surpresa, do espinhoso e feio cacto havia nascido a mais bela das flores...
E a horrível lagarta transformara-se em uma belíssima borboleta.
Deus sempre age certo.
O seu caminho é o melhor, mesmo que aos nossos olhos pareça estar dando tudo errado.
Se você pediu uma coisa a Deus e recebeu outra, confie.
Tenha certeza de que Ele dá o que você precisa, no momento certo.
Nem sempre o que você deseja é o que você precisa.
Como Ele nunca erra na entrega dos pedidos, siga em frente sem murmurar ou duvidar.
O espinho de hoje será a flor de amanhã!



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Boa noite amigos!

Eu sei que é difícil esperar
Mas Deus tem um tempo pra agir e pra curar
Só é preciso confiar
Se a cruz lhe pesa
Não é pra se entregar 
mas pra se aprender amar
Como alguém que não desiste

* Pe. Fábio de Melo *
Soou estranho esse título? Há mais de um Jesus? A julgar pelo modo como o Natal é comemorado atualmente, poderíamos dizer que sim, há outro Jesus diferente daquele apregoado pelos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, um Jesus que enche os olhos e parece estar distante dos corações. Há um Jesus que se confunde nas luzes e vitrines coloridas das lojas, um Jesus vendido a prestações e a peso de muito ouro. E há o Jesus submerso nas consciências, lutando por se fazer presente numa festa que se faz em nome dele e da qual ele raramente participa, pois não é sequer convidado.

E no entanto Ele está constantemente convidando os homens de boa vontade para uma festa inigualavelmente melhor. Uma festa sem troca de presentinhos, mas de incessante doação; sem mesas fartas de apetitosas iguarias, mas plena de pães espirituais para as alma famintas e sedentas de afeto; sem enfeites em árvores artificiais, mas rica de significado para as mentes que se deixam esclarecer pelas luzes da Verdade. Uma festa, enfim, que não se faz apenas uma vez por ano, mas sempre, porque tal é o sentido do Natal: o nascimento e a vivência cotidiana do Cristo na vida de cada um de nós.

Há um Natal lá fora, mas nesse o Cristo não nasce, pois não há coração onde ele possa nascer e viver. O Cristo está afastado das relações comerciais onde prepondera o desejo do lucro e nega as necessidades dos carentes do pão material. Não há Jesus onde as consciências passam ao largo dos problemas sociais e dos dramas individuais vigentes tanto nos casebres miseráveis quanto nos palácios suntuosos. Só haverá Jesus onde a semente da cristandade, plantada há mais de dois mil anos, já germina, produzindo frutos de fraternidade e amorosa convivência entre todos, sejam ricos ou pobres, doentes ou sãos, felizes ou tristes.

"Estou por demais tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender mão segura aos infelizes que, vendo o Céus, teimam em cair no abismo do erro", diz-nos o Cristo. Mas vemo-nos, anos após ano, ensinando a nossos filhos e netos a fantasia de um "Papai Noel" e, assim, ainda negando, como Pedro, o Cristo em nós...


Francisco Muniz

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014





HUMANIZAR-SE




O que difere o ser humano dos outros seres?


Talvez alguns pensem que a pergunta carece de propósito, pois somos tão diferentes dos animais.

Porém, se perguntarmos a um biólogo, esse diria que, geneticamente, pouco nos diferenciamos de inúmeras espécies animais.

Segundo o filósofo alemão Immanuel Kant, o que nos distingue dos animais é a capacidade de nos educarmos, de nos tornarmos humanos.

Para ele, a nossa condição de humanos é adquirida, é conquistada pela educação.

Sem ela, diria Kant, estaríamos muito próximos dos animais.

Percebemos que, biologicamente, fisicamente, guardamos várias semelhanças às espécies animais que habitam o nosso planeta.

Porém, somos infinitamente diferentes deles, justamente porque não somos apenas um ser biológico.

Somos um ser espiritual, com a capacidade de nos educarmos, de alçar voos no rumo da humanização.

Educar é formar e transformar o homem, para que ele desenvolva todas as suas potencialidades e capacidades.

É pelo processo de educação que ganhamos sabedoria e angelitude.

Assim, à medida que investimos em nossa educação, não só intelectual, mas também moral, vamos progredindo, afastando-nos sempre mais da pura condição animal, cada vez mais humanos.

Não é raro encontrarmos pessoas com atitudes que se igualam, por vezes, a das espécies animais, pelo barbarismo, violência ou grosseria.

São almas onde o processo de educação ainda engatinha, ensaia os primeiros e vacilantes passos.

Outros apresentam grandes conquistas intelectuais, porém ainda com valores morais torpes e vis.

Esses desenvolveram sua humanidade em apenas um aspecto, esquecendo-se que também somos seres morais.

E há aqueles sábios em verdade, onde seus profundos conceitos e reflexões ganham coerência com atitudes nobres, pautadas no bem.

Esses são os que já deram passos largos rumo às potencialidades maiores da alma.

Considerando tudo isso, podemos pensar que nossa vida, nossa reencarnação é uma grande oportunidade de nos educarmos, de nos humanizarmos.

Todo o investimento que fizermos para desenvolver nosso intelecto, os estudos e conquistas acadêmicas, nos apoiam nesse sentido.

Porém, também são necessários esforços para adquirirmos e desenvolvermos valores morais.

Jesus, modelo e guia da Humanidade, tinha desenvoltura intelectual para travar diálogos de profundos significados com os mais sábios doutores.

E da mesma forma, a doçura de seu coração era capaz de curar as feridas da carne e as dores da alma de todos que o buscavam.

Por isso Ele é o grande modelo de homem integral para todos nós.

Não somente pleno de conhecimento e sabedoria, mas também sublime nos sentimentos.

Essas são as conquistas que nos aguardam, que esperam nossos esforços.

A larga estrada, que nos conduz, da simplicidade e ignorância até a angelitude e sabedoria.






Exercícios Eficientes

A sabedoria de Deus é tão maravilhosa que ainda não conseguimos compreendê-la totalmente.
Há pessoas e situações que são “colocadas” em nosso caminho como verdadeiros EXERCÍCIOS para nossa evolução.
Se conseguirmos parar para pensar, nos momentos de maior dificuldade, estamos sendo exercitados em:
PACIÊNCIA, TOLERÂNCIA, HUMILDADE, RESIGNAÇÃO, e AMOR INCONDICIONAL
A fim de vencermos em nós:
ORGULHO, e o EGOÍSMO
Por isso esses momentos são chamados de “dificuldade”, por que ainda não ultrapassamos estagrande barreira que está dentro de nós.
Como é difícil, mas, ao mesmo tempo, como é bom saber que temos mais um dia para EXERCITAR.
Tenhamos muita CONFIANÇA e FÉ.
Que Deus nos fortaleça a cada dia, nesta nossa importante missão de auto-burilamento e que possamos receber esta força através da mais poderosa ferramenta ao nosso alcance: A PRECE.

(Desconheço a autoria)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014



Há momentos em que precisamos confiar ao Senhor a essência dos nossos mais íntimos cuidados.

A vida não é patrimônio do nosso capricho individual e o caminho em que nos cabe marchar para a frente é, sobretudo, traçado pela Divina Sabedoria.

Nem sempre sabemos o que desejamos, contudo, o Mestre conhece aquilo de que realmente carecemos.

Quanto seja possível ao nosso sentimento, inclinemo-nos perante os Desígnios Superiores que nos alteram os planos e prossigamos para a vanguarda de luz em que devemos situar o coração de trabalhadores do bem.

Ao médico é concedido o mais alto dos títulos na esfera de assistência à vida na Terra. Se os sacerdotes do pensamento religioso semeiam a luz de Deus nas almas, os médicos são os missionários do equilíbrio da existência humana, garantindo a harmonia do campo em que a fé renovadora conseguirá brilhar.

Sem dúvida, contam-se por milhares aqueles que, desviados do verdadeiro sentido do trabalho que lhes compete, se arrojam aos despenhadeiros da indiferença, traindo o mandato recebido de Mais Alto, entretanto, não ignoramos o imperativo de nossas responsabilidades e sabemos que, acima de tudo, é necessário saibamos agir e servir, nas fileiras dos que se devotam à felicidade de todos.

Para nós, o sacrifício pessoal e a renúncia constante serão o clima inevitável das mínimas cogitações. Por isso mesmo, olvidar os deveres que a luta nos impõe seria menosprezar a nossa mais valiosa oportunidade de elevação.

Não permitamos que a sombra da dúvida nos invada o espírito.

Levantemo-nos espiritualmente e prossigamos.

Recordemos que a morte é simples ilusão. Exige-se de nós outros na atualidade mais senso de compreensão dos nossos serviços nos círculos médicos, a fim de que os nossos princípios se refaçam.

Realmente, os nossos arraiais acadêmicos ainda se acham minados pelo materialismo da semi-ciência e o soro frio da negação enregela preciosas formações nascentes, no campo de nossas manifestações culturais, mas, a pouco e pouco, amparados na coragem dos colegas que nos continuam os esforços, esperamos criar novos valores para o futuro glorioso que nos cabe atingir.

Não esmoreçamos!

Podemos fazer muito pela classe a que pertencemos e pela comunidade a que servimos. Dispomos de recursos, de influências, de meios espirituais que facilitam a ascensão.

Estudemos! Temos um mundo novo à frente do raciocínio.

Urge o tempo!

Hoje a estrada se descortina cheia de luz. Amanhã, se soubermos semear, a colheita será rica de bênçãos.

Defendamos a oportunidade de triunfar no labor esposado na Terra, a fim de que nossas experiências se dirijam no rumo do porvir, enriquecendo a senda de muitos.

Para a verdade, não importam os títulos externos da criatura.

A roupagem dos pontos de vista é igualmente transitória como a indumentária do corpo. A realidade pede substância prática, riqueza intrínseca.

Não nos propomos converter a personalidade nisso ou aquilo, na rotulagem das idéias ou das confissões variadas a que se filiam os ideais das igrejas terrestres.

Pretendemos, simplesmente, a posição de portadores do bom ânimo e da coragem, a fim de que o remédio não se perca nos desvãos da incerteza e da sombra.

Sigamos à frente. A nossa família não se circunscreve às quatro paredes do nosso movimento doméstico. Estende-se em todos os lugares, onde um doente chama por nós, confiando-nos a esperança.

Sejamos fortes e restauremos as energias para a batalha do bem, em que sempre nos colocamos, nas linhas da abnegação e da frente.

Nossa responsabilidade é maior que nós. Nossos deveres superam nossas dores. O interesse de todos compele-nos ao esquecimento do “eu”, que tanto nos empenhamos em adornar e conservar.

Recordemos que o Cristo foi o Mestre da Verdade, mas foi também, entre as criaturas, o Divino Médico da Saúde e da Alegria.

Sigamo-Lo na faina abençoada de materializar-lhe as lições de amor e estejamos certos de que a Sua proteção jamais nos faltará.

Chico Xaviet
Quando Jesus nasceu, uma estrela mais brilhante que as outras luzia, a pleno céu, indicando a manjedoura.

A princípio, pouca gente lhe conhecia a missão sublime.

Em verdade, porém, assumindo a forma duma criança, vinha Ele, da parte de Deus, nosso Pai Celestial, a fim de santificar os homens e iluminar os caminhos do mundo.

O Supremo Senhor que no-lo enviou é o Dono de Todas as Coisas. Milhões de mundos estão governados por suas mãos. Seu poder tudo abrange, desde o Sol distante até o verme que se arrasta sob nossos pés; e Jesus, emissário d'Ele na Terra, modificou o mundo inteiro. Ensinando e amando, aproximou as criaturas entre si, espalhou as sementes da compaixão fraternal, dando ensejo à fundação de hospitais e escolas, templos e instituições, consagrados à elevação da humanidade. Influenciou, com seus exemplos e lições, nos grandes impérios, obrigando príncipes e administradores, egoístas e maus, a modificarem programas de governo. Depois de sua vinda, as prisões infernais, a escravidão do homem pelo homem, a sentença de morte indiscriminada a quantos não pensassem deacordo com os mais poderosos, deram lugar à bondade salvadora, ao respeito pela dignidade humana e pela redenção da vida, pouco a pouco.

Além dessas gigantescas obras, nos domínios da experiência material, Jesus, convertendo-se em Mestre Divino das almas, fêz ainda muito mais.

Provou ao homem a possibilidade de construir o Reino da Paz, dentro do próprio coração, abrindo a estrada celeste à felicidade de cada um de nós.

Entretanto, o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.

Viveu num lar humilde e pobre, tanto quanto ocorre a milhões de meninos, mas não passou a infância despreocupadamente. Possuiu companheiros carinhosos e brincou junto deles. No entanto, era visto diariamente a trabalhar numa carpintaria modesta. Vivia com disciplina. Tinha deveres para com o serrote, o martelo e os livros. Por representar o Supremo Poder, na Terra, não se movia à vontade, sem ocupações definidas. Nunca se sentiu superior aos pequenos que o cercavam e jamais se dedicou à humilhação dos semelhantes.

Eis porque o jovem mantido à solta, sem obrigações de servir, atender e respeitar, permanecer em grande perigo.

Filho de pais ricos ou pobres, o menino desocupado é invariavelmente um vagabundo. E o vagabundo aspira ao título de malfeitor, em todas as circunstâncias. Ainda que não possua orientadores esclarecidos no ambiente em que respira, o jovem deve procurar o trabalho edificante, em que possa ser útil ao bem geral, pois se o próprio Jesus, que não precisava de qualquer amparo humano, exemplificou o serviço ao próximo, desde os anos mais tenros, que não devemos fazer a fim de aproveitar o tempo que nos é concedido na Terra?

Chico Xavier

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Boa noite amigos!

A tristeza é uma telha quebrada na casa da nossa vida, mas a esperança é um cobertor que nos protege."

Padre Fábio de Melo





O Tempo



"Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz"
(Paulo aos Romanos: 14;6)





A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.

Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina.

Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.

Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhente presunção.

Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida;
contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias
que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.

É lógico que todo homem conte com o tempo.

Mas, e se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?

Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia,
multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.

A velha expressão popular "matar o tempo" reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.

Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas.

No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.

Os que se interessam pelos imediatismos do mundo clamam que "tempo é dinheiro",
para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações...

Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.

Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida;
entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que;

“o tempo deve ser do Senhor”.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014


Rogando Paz

Senhor Jesus!

Tu disseste: "a minha paz vos dou ..."

Entretanto, Senhor,

Muitos de nós andamos distraídos;

Atribulados, às vezes, por bagatelas;

Aflitos sem razão;

Sequiosos de aquisições desnecessárias;

Irritadiços por dificuldades passageiras;

Dobrados ao peso de cargas formadas por desilusões e discórdias que nós mesmos inventamos;

Ocupados em dissenções infelizes;

Hipnotizados por tristeza e azedume que nos inclinam à separatividade e ao pessimismo...

Entendemos, sim, Jesus, que nos disseste:

- "A minha paz vos dou..."

Diante, porém, de nossas inibições e obstáculos, nós te rogamos, por acréscimo de misericórdia:

- Senhor, concedeste-nos a paz, no entanto, ensina-nos a recebé-la.

*****
Chico Xavier
Aprenda a sorrir para estender a fraternidade.

Eleve o seu vocabulário para o intercâmbio com os outros.

Carregue as suas frases com baterias de compreensão e otimismo.

Eduque a voz para que ela seja a moldura digna de sua imagem.

Converse motivando as pessoas para o bem a fazer.

Não corte o assunto com anotações diferentes daquilo que interessa ao seu

interlocutor.

Quem aprende a ouvir com respeito fala sempre melhor.

Diante de problemas a solucionar, esclareça com serenidade sem destacar a perturbação.

Quanto possível, procure calar suas mágoas, reservando-as para os seus

colóquios com Deus.

Recordemos: todos necessitamos uns dos outros e a palavra simples e

espontânea é a chave da simpatia.



Livro: Busca e Acharás

Autor: André Luiz
A noite é quase gelada...
Contudo, Mariazinha
É a menina de outras noites
Que treme, tosse e caminha...

Guizos longe, guizos perto...
É Natal de paz e amor.
Há muitas vozes cantando:
“Louvado seja o Senhor!”

A rua parece nova
Qual jardim que floresceu.
Cada vitrine enfeitada
Repete: “Jesus nasceu!”

Descalça, vestido roto,
Mariazinha lá vai...
Sozinha, sem mãe que a beije,
Menina triste, sem pai.

Aqui e ali, pede um pão...
Está faminta e doente.
-“Vadia, saia depressa!”
É o grito de muita gente.

-“Menina ladra! outros dizem.
-“Fuja daqui, pata feia!
Toda criança perdida
Deve dormir na cadeia.”

Mariazinha tem fome
E chora, sentindo em tormo
O vento que traz o aroma
Do pão aquecido ao forno.

Abatida, fatigada,
Depois de percurso enorme,
Estira-se na calçada...
Tenta o sono mais não dorme.

Nisso, um moço calmo e belo
Surge e fala, doce e brando:
- Mariazinha, você
Está dormindo ou pensando?

A pequenina responde,
Erguendo os bracinhos nus:
- Hoje é dia de Natal,
Estou pensando em Jesus.

- Não recorda mais alguém?
E ela, a chorar, disse: -Eu
Penso também com saudade,
Em minha mãe que morreu...

- Se Jesus aparecesse,
Que é que você queria?
- Queria que ele me desse
Um bolo da padaria...

Depois de comer, então
- E a pobre sorriu contente
Queria um par de sapatos
E uma blusa grande e quente...

Depois... queria uma casa,
Assim como todos têm...
Depois de tudo... eu queria
Uma boneca também...

- Pois saiba Mariazinha,
Eu lhe digo que assim seja!
Você hoje terá tudo
Aquilo que mais deseja.

- Mas, o senhor quem é mesmo?
E ele afirma, olhos em luz:
- Sou seu amigo de sempre,
Minha filha, eu sou Jesus!...

Mariazinha, encantada,
Tonta de imensa alegria,
Pôs a cabeça cansada
Nos braços que ele estendia...

E dormiu, vendo-se outra,
Em santo deslumbramento,
Aconchegada a Jesus
Na glória do firmamento.

No outro dia, muito cedo,
Quando o lojista abre a porta,
Um corpo caiu de leve...
A menina estava morta.